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Operação Lava Jato

Ex-chefe do Exército apoia Moro e diz que Lava Jato é alvo de "oportunismo"

Do UOL, em São Paulo

11/06/2019 14h16

A Operação Lava Jato é importante para a ética e o respeito ao interesse público no país, avalia o general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército.

Ele fez uma defesa da força-tarefa do MPF (Ministério Púbico Federal) após a divulgação de conversas entre procuradores e Sergio Moro, ex-juiz federal e atual ministro da Justiça e da Segurança Pública.

Para Villas Bôas, as denúncias contra a Lava Jato tentam esvaziá-la. "Muito preocupante o que estamos vivendo", comentou o militar. Segundo ele, a operação está sendo alvo de "insensatez e o oportunismo"

Em mensagem publicada em sua conta no Twitter, o general expressou "respeito e confiança" em Moro.

Sem invasão

Hoje, o aplicativo Telegram negou que tenha sido hackeado, permitindo o acesso a mensagens trocadas entre a Lava Jato e Moro.

Conversas entre Moro e procuradores foram divulgadas no último domingo (9) pelo site "The Intercept Brasil". Os diálogos foram feitos no Telegram. O site diz que as mensagens foram repassadas por uma fonte.

Moro usou sua página no Twitter e indicou acreditar que sua conta no Telegram havia sido hackeada. O ex-juiz nega ter dado orientação a procuradores da Lava Jato e diz que o fato grave é a invasão criminosa de celulares. "Ali, basta ler o que se tem lá [para ver que não há orientação]... o fato grave é a invasão criminosa dos celulares dos procuradores. E está havendo muito sensacionalismo em torno dessas supostas mensagens", disse ontem, em Manaus.

A Lava Jato também declarou acreditar que mensagens tenham sido hackeadas. Com a invasão, teriam sido clonados aparelhos celulares e contas em aplicativos de comunicação instantânea, o que resultou no vazamento de mensagens trocadas entre procuradores. Em nota, a força-tarefa comentou que o "modo de agir agressivo, sorrateiro e dissimulado do criminoso é um dos pontos de atenção da investigação".

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redacaojornaldocommercio

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