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EUA deram sinais de que aprovam Eduardo Bolsonaro na embaixada, diz Araújo

Eduardo Bolsonaro fala com o chanceler Ernesto Araújo em audiência na Câmara em marçõ - Marcelo Camargo / Agência Brasil
Eduardo Bolsonaro fala com o chanceler Ernesto Araújo em audiência na Câmara em marçõ Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Talita Marchao

Do UOL, em Santa Fé (ARG)

16/07/2019 21h39

O chanceler Ernesto Araújo afirmou nesta noite que o Brasil não tem um "plano B" para o caso de a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) ser rejeitada em Washington, porque "eles [governo dos EUA] já deram todos os sinais de que seria uma ideia bem-vinda".

A declaração foi feita em Santa Fé, na Argentina, onde participa da Cúpula do Mercosul. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegará amanhã, conforme a agenda oficial.

"Trump deu todos os sinais em favor de Eduardo, então não esperamos nenhum problema", afirmou o chanceler - que, apesar de ser elegível para o cargo, nunca chegou a ser alçado a embaixador.

Considerado um dos "olavistas" no governo Bolsonaro, Ernesto Araújo trabalhava na embaixada brasileira em Washington até ser indicado para a chefia do Ministério de Relações Exteriores.

Hoje, voltou a defender a indicação do filho do presidente da República para o cargo, dizendo que "um embaixador precisa muito de acesso às lideranças do país onde ele trabalha, e Eduardo certamente teria isso".

Araújo também afirmou que o governo brasileiro espera aproveitar as vantagens das boas relações de Eduardo com a Casa Branca de Trump.

"Eduardo tem todas as condições de ajudar a construir uma parceria efetiva com os EUA, que é uma das nossas prioridades, e consolidar o que já estamos construindo, com todo o acesso que ele teria ao governo americano, com toda a habilidade negociadora e capacidade política".
Ernesto Araújo, chefe do Itamaraty, sobre Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos EUA

Governo já fez carta de apresentação de Eduardo Bolsonaro aos EUA

UOL Notícias

Decisão com Bolsonaro

Horas antes, em Brasília, o porta-voz da presidência afirmou que a carta de apresentação de Eduardo como embaixador já está pronta. O chefe do Itamaraty confirmou a informação.

"Assim que o presidente tomar a decisão final de realmente indicar o deputado Eduardo Bolsonaro, está tudo pronto para a gente fazer o pedido aos EUA. Depende só do presidente o momento de encaminhar o pedido", afirmou.

Na sequência, o nome de Eduardo precisará ser aprovado tanto pelo governo norte-americano, quanto pelo Senado brasileiro - que já deu indícios de que vai aprovar a indicação.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.