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Eike Batista é preso pela 2ª vez pela Lava Jato no Rio

O empresário Eike Batista durante evento "Empreende Brasil" - Fabricio de Almeida/Imagem & Arte
O empresário Eike Batista durante evento "Empreende Brasil" Imagem: Fabricio de Almeida/Imagem & Arte

Eduardo Lucizano e Luciana Quierati

Do UOL, em São Paulo

08/08/2019 07h28Atualizada em 08/08/2019 10h33

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã de hoje o empresário Eike Batista, na Operação Segredo de Midas, pela Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele estava em casa, no jardim Botânico, zona sul da capital fluminense, quando os policiais chegaram.

Há ainda um mandado de prisão contra Luiz Arthur Andrade Correia, mais conhecido como Zartha, que foi contador de Eike até 2013. Além disso, a PF cumpre quatro mandados de busca e apreensão, nos endereços de Eike e de seus dois filhos, Thor e Olin, e na casa de Correia, todos no Rio.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e, segundo a PF, a ação tem o objetivo de buscar provas para investigação que apura manipulação do mercado de capitais e lavagem de dinheiro.

A defesa do empresário afirmou que "a prisão temporária de Eike Batista foi decretada com o fundamento de que fosse ouvido em sede policial sobre fatos supostamente ocorridos em 2013, tratando-se, portanto, de uma prisão sem embasamento legal".

Primeira prisão e condenação

Eike foi preso pela primeira vez, preventivamente (sem prazo), em 30 de janeiro de 2017 no aeroporto do Galeão, no Rio, logo após de desembarcar de um voo que o trazia de Nova York. A prisão havia sido decretada quatro dias antes, depois que dois doleiros contaram em acordos de delação que Eike teria pago US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, que está preso.

Três meses depois, em 28 de abril, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes determinou a soltura do empresário. No dia seguinte, o juiz federal Gustavo Arruda Macedo decidiu que Eike deveria cumprir pena em prisão domiciliar após deixar Bangu 9 - o que ocorreu no dia 30 de abril.

A condenação nessa ação veio no ano passado, em julho. Bretas fixou pena de 30 anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Sérgio Cabral foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O juiz observou na decisão que Eike continuaria a cumprir prisão domiciliar até que o esgotamento de todos os recursos. O empresário teve o passaporte retido, estando, desde então, impedido de deixar o país.

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