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PSL expulsa Alexandre Frota por unanimidade

07.maio.2019 - O deputado federal Alexandre Frota (PSL) - Fátima Meira/Estadão Conteúdo
07.maio.2019 - O deputado federal Alexandre Frota (PSL) Imagem: Fátima Meira/Estadão Conteúdo

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

13/08/2019 12h27

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e com maior expressão na Câmara, expulsou hoje o deputado Alexandre Frota (PSL-SP).

O parlamentar teve papel relevante na articulação da reforma da Previdência e trabalhou junto ao governo para blindar ministros em audiência pública, como Paulo Guedes (Economia). Mas nas últimas semanas aumentou o tom de críticas à legenda e ao presidente. Um dos panos de fundo para esse embate é a disputa por poder internamente na sigla.

Frota tentava alçar voos mais altos na direção estadual do partido, sob comando de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). As disputas pelo comando da secção estadual geraram atritos com caciques da sigla como o senador Major Olímpio (PSL-SP).

Pelo destaque que teve durante a tramitação da Previdência, que lhe rendeu elogios públicos pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-SP). O parlamentar já recebeu convites para integrar outras três legendas de centro-direita: PSDB, DEM e Podemos.

O presidente do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), disse que o presidente Jair Bolsonaro, um dos alvos das críticas e ataques de Frota não foi consultado e não interferiu na decisão.

"A gente lamenta muito a desfiliação, mas o partido é impessoal. O partido é paradoxalmente, intangível, mas o mais de concreto é a decisão que a gente tem", disse Bivar, após a decisão partidária.

A votação aconteceu na manhã desta terça-feira (13) e teve unanimidade entre os nove votantes. A justificativa é de que ele feriu o regimento da sigla.
"Foi o sentimento da executiva nacional do partido de que não foi a primeira vez que ele vinha se comportado dessa forma", declarou Bivar.

No segundo turno da Previdência, Frota foi o único parlamentar da sigla que não votou. Nos últimos meses ele já havia sido destituído do posto de vice-líder do partido na Câmara. Outro ponto de atrito foram as críticas que ele fez à intenção do presidente indicar Eduardo Bolsonaro à Embaixada nos Estados Unidos.

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