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Skaf critica Doria: hora de "começar a governar" e não de pensar em eleição

19.set.2018 - Doria (e) e Skaf juntos durante debate promovido por Folha, UOL e SBT - Eduardo Knapp/Folhapress
19.set.2018 - Doria (e) e Skaf juntos durante debate promovido por Folha, UOL e SBT Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Eduardo Schiavoni

Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto

21/08/2019 13h45Atualizada em 21/08/2019 17h59

Candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2018, Paulo Skaf (MDB), presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), criticou hoje o governador João Doria (PSDB), durante visita à região de Ribeirão Preto, no interior do estado.

Em entrevista a um programa de rádio na cidade, Skaf afirmou que é hora de o tucano "começar a governar" e parar de se comportar como candidato às eleições de 2022.

"Até censuro os que foram eleitos e deveriam ter como missão exercer os seus mandatos. Quem foi eleito governador tem que governar e não virar candidato de novo, pensando na próxima eleição. Isso é um grande erro, prejudica muito o estado, o país", disse Skaf, que visitou a região de Ribeirão Preto para participar da Fenasucro, feira do setor sucroalcooleiro que acontece em Sertãozinho, cidade vizinha a Ribeirão.

A declaração do emedebista foi dada em entrevista ao programa Larga Brasa, do Grupo Thathi de Comunicação. Ao ser questionado sobre uma nova candidatura, Skaf negou que vá concorrer à Prefeitura de São Paulo no ano que vem.

Skaf - que foi derrotado por Doria nas eleições de 2018 ao governo paulista - ainda deu conselhos aos políticos que ocupam cargos públicos. "A minha recomendação aos que forem eleitos: assumam suas posições e não se transformem em candidatos a eleições futuras", disse.

João Doria tem sido apontado como um eventual candidato à Presidência em 2022, mas publicamente ele nega essa intenção.

Sem candidatura

Derrotado em três eleições ao governo do estado - além de 2018, disputou em 2010, pelo PSB, e em 2014, pelo MDB -, Skaf afirmou ainda que não irá concorrer nas eleições de 2020.

"Não sou pré-candidato, nem sairei candidato. Só tenho a agradecer os quase cinco milhões de votos que a população de São Paulo me deu como candidato a governador. Passadas as eleições, voltei para minhas atividades, minhas empresas, minhas entidades. E quero ajudar o país nesse momento para retomar as reformas", disse.

Outro lado

Em nota enviada à reportagem, o presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi, chamou Paulo Skaf de "mau perdedor".

"Ao invés de se dedicar a fazer críticas à administração do governo e a se comportar como um mau perdedor, Paulo Skaf deveria estar cuidando de três assuntos: a indústria de São Paulo que teve o maior fechamento de fábricas da década; o que dizer sobre os milhões de reais que os delatores da Lava Jato disseram que passaram pra ele; e em como devolver a gratuidade do Sesi que ele acabou", disse Vinholi.