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Bolsonaro anima as redes, mas o Brasil não sai do lugar, diz Witzel

27.mar.2019 - Wilson Witzel (PSC) e Jair Bolsonaro (PSL) se encontram em Brasília - Divulgação/Assessoria
27.mar.2019 - Wilson Witzel (PSC) e Jair Bolsonaro (PSL) se encontram em Brasília Imagem: Divulgação/Assessoria

Do UOL, em São Paulo

22/08/2019 10h36Atualizada em 22/08/2019 11h30

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), criticou as declarações públicas do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em reportagem publicada hoje pela revista "Época", Witzel afirmou que as falas de Bolsonaro apenas animam as redes sociais, enquanto o país não sai do lugar.

"O que o Bolsonaro fala, eu não falaria. Sou um pouco mais preocupado com aquilo que tenho de expressar. Meio ambiente, por exemplo. Eu não falaria em fazer cocô dia sim, dia não, como o presidente fez. Até porque isso é simplesmente inexequível. É como editar uma medida provisória sobre o uso diário de banheiro. Bolsonaro anima as redes, e o Brasil não sai do lugar", declarou.

Em 2018, Witzel conseguiu se eleger governador do Rio após colar sua campanha na de Bolsonaro, que disputava a Presidência da República. Um dos filhos de Bolsonaro, Carlos, é vereador do Rio pelo PSC, mesmo partido de Witzel.

Na entrevista, o governador deixou clara sua intenção de concorrer à presidência em um futuro próximo e também fez críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu desafeto político e virtual adversário em uma disputa ao Palácio do Planalto.

"O Doria já demonstrou que não é pessoa confiável. Disse que ia cumprir o mandato [de prefeito de São Paulo] e na primeira oportunidade disputou a eleição [para governador do estado]", afirmou.

Visualizando uma disputa com o governador paulista, Witzel disse que venceria Doria com larga vantagem. "O Doria de amanhã é o Eduardo Paes [adversário de Witzel nas eleições de 2018] de ontem. Será derrotado com larga margem."

O governador do Rio declarou, ainda, que Doria está mudando seu discurso, diferente dele, que mantém seu posicionamento em relação ao enfrentamento da violência.

"O povo não perdoa. Fui eleito com um discurso duro pela segurança. E o Doria já está mudando. Na cabeça dele, quer ir para o centro. Ele está querendo ser mais moderado. Eu não!", afirmou.