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Bolsonaro diz esperar que Eduardo não sofra pedidos de cassação em série

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

05/11/2019 18h32

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou hoje esperar que o filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), não sofra pedidos de cassação de seu mandato em série, como aconteceu com ele quando também deputado.

"Espero que meu filho Eduardo não entre nessa linha minha. Em todos os momentos a Câmara respeitou o sagrado direito de opinião, seja ela qual for", disse.

PSOL, PT e PCdoB entregaram na tarde de hoje um pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro. O documento foi entregue ao presidente do Conselho de Ética da Câmara, por volta das 17h30, segundo a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) no Twitter.

O grupo decidiu pedir a cassação do parlamentar depois que ele defendeu, na semana passada, a volta do Ato Institucional Número 5 para combater manifestações "da esquerda".

De acordo com o grupo da oposição, Eduardo praticou quebra de decoro parlamentar. O AI-5 foi decretado em 1968 durante a ditadura militar com o objetivo de fechar o Congresso Nacional, autorizar a decretação de estado de sítio por tempo indeterminado e cassar mandatos, entre outros pontos.

Bolsonaro disse ter respondido a "uns 30 processos de cassação" ao longo dos 28 anos como parlamentar e ironizou que, se ainda fosse deputado, talvez teria de responder a mais um no Conselho de Ética porque entregou um casaco do Flamengo ao presidente da China, Xi Jinping enquanto se diz palmeirense e botafoguense.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.