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Maia cobra do governo Bolsonaro envio de reforma administrativa

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia - Kleyton Amorim/UOL
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

26/11/2019 15h28

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o envio da proposta de reforma administrativa e aprovação da tributária. Para ele, o problema do estado brasileiro está na concentração de recursos, de impostos e de transferências.

Maia ainda criticou em coletiva os ataques polarizados entre situação e oposição enquanto, segundo ele, faltam "soluções permanentes".

"A gente não vai resolver o problema apenas criticando o discurso do ex-presidente Lula, propondo que alguém pode falar de AI-5, acho que a gente tem que dar soluções permanentes", disse o presidente da Câmara referindo-se à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de implantação de um novo AI-5 em casos de protestos de ruas contra o governo.

"Onde está o problema do estado? Está na concentração de recursos, de impostos e transferências, na elite da sociedade brasileira, do setor público e do setor privado. Temos que ter coragem de enfrentar esse debate", acrescentou Maia.

Segundo ele, todas as reformas apresentadas pelo governo têm como objetivo reduzir desigualdades e privilégios, tanto do setor público quanto do setor privado.

"É importante que o governo possa encaminhar [a reforma administrativa]. Vamos fazer o debate com calma, vamos trazer todos para esse debate, já que o objetivo de todos é recuperar a capacidade de investimento do estado brasileiro", cobrou.

Hoje mais cedo, Maia afirmou em entrevista ao Valor que usar o AI-5, como fez Guedes, para criticar o radicalismo do outro lado [Lula] não faz sentido.

"O que uma coisa tem a ver com a outra? Vamos estimular o fechamento do Parlamento, dos direitos constitucionais do cidadão, como o habeas corpus? Foi isso que o AI-5 fez de forma mais relevante", lembrou ainda.