Marina Silva se diz vítima de preconceito e ataca: "Não faço lacração"

Convidada de hoje do programa Morning Show, da rádio Jovem Pan, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, comentou sobre as críticas de que aparece somente em época de eleição.

"Eu não faço política fazendo pirotecnia e isso é uma verdade. Não faço a política da lacração. Eu faço política com intenção de contribuir para o debate, não faço também oposição por oposição. Eu analiso as questões e me posiciono", explicou.

Marina ainda ressaltou que as críticas são uma forma de preconceito contra ela.

Relacionadas

Marina Silva rebate Bolsonaro: 'estimulou desmate e quer bode expiatório'

Governo inventa bodes expiatórios para disfarçar descompromisso, diz Marina

Marina Silva diz que há 'sinal' para quem desmata: "Desmate que o governo garante"

"Um dia desses, em um debate me perguntaram: 'Você já sofreu algum tipo de preconceito?'. Eu comecei a analisar que esse discurso de que eu estou sumida é uma espécie de preconceito. Ninguém diz isso em relação ao (Geraldo) Alckmin. O que Alckmin está fazendo? Ninguém fica dizendo isso em relação a outras pessoas que participaram do processo político. É uma estratégia de quem gosta de mentir e que considera que os temas que eu trato não são importantes", disse.

Questionada sobre parte do eleitorado que enxerga a ex-ministra em um "caminho do meio" por não ser mais crítica aos governos do PT, Marina se posicionou.

"A crítica que eu faço aos governos do PT é uma crítica na prática. Primeiro, nunca tendo me envolvido com as práticas que uma boa parte se envolveu. Eu estou atuando, defendendo meus temas. Eu não fico embaixo do guarda-chuva da extrema-direita e nem da dita esquerda. Eu nunca quis me esconder embaixo do guarda-chuva do vermelho e nem do azul quando era polarização com o PT e o PSDB. E agora muito menos, mas quem tem fala própria nesse país acaba sendo acusado de não ter fala nenhuma... Eu nunca me submeti a essa lógica da polarização", encerrou.