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"Me senti traída como eleitora", diz Tabata Amaral sobre Ciro e PDT

A deputada federal, Tabata Amaral (PDT-SP), em entrevista ao Poder em Foco, do SBT - Sergio Lima/Poder 360
A deputada federal, Tabata Amaral (PDT-SP), em entrevista ao Poder em Foco, do SBT Imagem: Sergio Lima/Poder 360

Do UOL, em São Paulo

29/11/2019 16h52Atualizada em 30/11/2019 00h00

Criticada por votar a favor da reforma da Previdência apresentada pelo governo federal, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) se disse traída por Ciro Gomes e por seu partido. A declaração, obtida em primeira mão pelo UOL, foi feita em entrevista ao "Poder em Foco" que vai ao ar no próximo domingo (1º), no SBT.

"Me senti traída como eleitora porque eu defendi essa proposta", disse Tabata. "Votei no Ciro Gomes, votei no PDT porque acreditava no que eles diziam, de defender a responsabilidade fiscal junto com a inclusão social. Para mim, não dá para ser oposição por oposição quando tem gente passando fome", completou.

A deputada federal também comentou sobre o preconceito que sofre no Congresso por ser jovem - ela tem 26 anos - e mulher. Tabata disse já ter tido sua capacidade intelectual questionada e sido chamada "de burra, de débil mental".

"Já disseram que eu não tinha capacidade de escrever um relatório. Então é diariamente as pessoas te questionando, aí comentam a cor do seu batom, que não tem nada a ver com o que você está votando, comentam da roupa. Chega uma hora que você tem de concentrar e trabalhar, sabe?", relatou.

Na visão da deputada, os partidos, em sua maioria, não querem ter mais mulheres na política, e isso se traduz nas barreiras impostas para que elas cheguem ao Congresso. Questionada sobre cotas femininas, Tabata defendeu que seria melhor se houvesse uma cota para o Parlamento, e não para os partidos, como é hoje.

"Mas a gente só abre mão [do sistema atual] se for por uma coisa melhor para as mulheres", enfatizou, apesar de não acreditar que uma mudança nesse sentido possa prosperar no Congresso - ao menos por ora.