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Governo descumpre acordo e deve enfrentar resistência do Congresso

Na semana passada, por um equívoco dos senadores, foi mantido um veto de Bolsonaro sobre a LDO  - Adriano Machado/Reuters
Na semana passada, por um equívoco dos senadores, foi mantido um veto de Bolsonaro sobre a LDO Imagem: Adriano Machado/Reuters

Guilherme Mazieiro e Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

03/12/2019 12h44

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) descumpriu um acordo firmado em plenário com líderes e não enviou um projeto de liberação de crédito para o Congresso, prometido para hoje. Com isso, a sessão que ocorreria no início da manhã foi remarcada para tarde, sem acordo, e pode por em risco a análise de vetos presidenciais.

Na semana passada, por um equívoco dos senadores, foi mantido um veto de Bolsonaro sobre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

Pela negociação que havia, o veto seria derrubado para flexibilizar o orçamento neste fim de ano. Como isso não aconteceu, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), deixou acordado que um PLN (projeto para liberar crédito) seria enviado ao Parlamento até hoje.

Lideranças do centrão e dos partidos de direita reclamam da falta de compromisso do governo Bolsonaro em honrar acordos firmados durante a tramitação da Previdência.

E há cerca de um mês cobram os valores junto aos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

"O Onyx empurra para o [Luiz Eduardo] Ramos, que diz que o Paulo Guedes não libera recursos. O fato é que ninguém recebe o que estava prometido pelo governo e não tem condições de tocar a pauta", disse uma liderança.

Em nota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou que o PLN não foi enviado e a sessão está mantida.

"A sessão do Congresso Nacional prevista para hoje (03), às 11h, foi remarcada às 14h30, em razão da ausência do PLN, de autoria do Executivo, sobre os vetos que foram mantidos na sessão passada, apesar de terem acordo para serem derrubados. Os demais itens permanecem na pauta", informou a assessoria de imprensa da Presidência do Senado.