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Tumor regride, cirurgia é descartada, e Covas fará mais 5 sessões de químio

29.11.2019 - Bruno Covas em coletiva de imprensa  - João Alvarez/Fotoarena/Folhapress
29.11.2019 - Bruno Covas em coletiva de imprensa Imagem: João Alvarez/Fotoarena/Folhapress

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

09/12/2019 13h24Atualizada em 12/12/2019 10h04

Diagnosticado com um câncer entre o esôfago e o estômago, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), não passará por cirurgia, informou a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês. O tratamento vem sendo "auspicioso" (promissor) e, por isso, Covas continuará a ser tratado por quimioterapia, em um total de oito sessões.

"Não chegamos a discutir a hipótese cirúrgica", afirmou o médico David Uip. "Ele realizou uma série de exames, de imagem e endoscópicos. Os resultados são auspiciosos."

O prefeito começa amanhã a quarta série quimioterápica de um total previsto de oito sessões. Serão, portanto, mais cinco sessões.

"A previsão é que ele faça oito sessões com mesmo ritual a cada 15 dias: interna, fica 30 horas e terá alta na sequência", afirmou Uip. "Ele não apresentou efeitos adversos das drogas quimioterápicas, o que favorece o mesmo ritmo da terapêutica agressiva contra o tumor. Ele está ótimo, de muito bom humor e disposto."

De acordo com o médico Artur Katz, o principio de qualquer tratamento depende de combinação de eficácia e tolerância, "e o atual tratamento reúne essas duas condições", eficácia "acima do esperado". "A opção é manter o tratamento."

Segundo o médico Túlio Pfiffer houve "regressão expressiva nas lesões". "O tumor está cicatrizando, os linfonodos estão diminuindo, e a lesão no fígado teve redução expressiva. Time ganhando não se mexe."

De acordo com ele, "onde tinha um tumor, hoje tem um processo de fibrose e cicatrização": "É o melhor resultado que poderíamos esperar."

O tumor

Covas voltou a ser internado na noite de ontem (8) para exames e avaliação médica. A intenção era justamente decidir as próximas etapas do tratamento, iniciado em outubro.

O prefeito foi internado pela perimira vez no dia 23 de outubro, quando chegou ao hospital com uma infecção na perna direita que evoluiu para trombose venosa profunda. Os coágulos subiram para o pulmão, causando uma embolia.

A busca pelos coágulos durante os exames resultou na detecção de um câncer na cárdia, região entre o esôfago e o estômago. Com metástase no fígado, Covas foi submetido a três sessões de quimioterapia de 30 horas cada.

No dia 4 de novembro, outro coágulo foi encontrado, desta vez no coração. Os últimos exames, no entanto, detectaram redução nos coágulos.