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"Hoje temos um presidente que acredita em Deus", diz Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro deixa o Palácio da Alvorada -
Presidente Jair Bolsonaro deixa o Palácio da Alvorada

Do UOL, em São Paulo

24/12/2019 20h41

Em pronunciamento em cadeia nacional, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que, hoje, o Brasil tem um presidente que "valoriza a família, respeita a vontade de seu povo, honra seus militares e acredita em Deus". Bolsonaro também utilizou o espaço para celebrar o que chamou de "algumas conquistas" do primeiro ano de seu governo.

"Os números positivos na economia, a queda dos índices de criminalidade, o aumento significativo dos turistas, 13º salário do Bolsa Família, o sucesso do Enem e do nosso agronegócio, a lei da liberdade econômica e as obras feitas pelos batalhões de engenharia do Exército demonstram os novos rumos do Brasil", afirmou o presidente.

Ele também afirmou que teve a possibilidade de escolher "22 ministros pelo critério técnico" e que assumiu o governo após uma crise ética, moral e econômica.

Ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que vestiu na gravação uma camiseta vermelha estampada com a palavra "Jesus", o capitão reformado voltou a dizer que o governo está terminando seu primeiro ano "sem nenhuma denúncia de corrupção".

Durante o ano, todavia, suspeitas de corrupção pairaram o governo, sendo a mais contundente delas o escândalo das candidaturas laranjas do Partido Social Liberal (PSL), sigla pela qual Bolsonaro se elegeu.

Em outubro, a Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), sob suspeita de envolvimento no esquema. Ele é acusado dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa —com pena de cinco, seis e três anos de cadeia, respectivamente.

Já no último dia 18, seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido), e o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, amigo de longa data da família Bolsonaro, foram alvo de uma operação comandada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Flávio é suspeito de desviar e lavar dinheiro da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), num esquema de "rachadinha" de salários de assessores com ajuda de Queiroz.

Parte dos recursos foi lavada com uma loja de cafés especiais e chocolates do senador num shopping do Rio, aponta o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Flávio nega todas as acusações.

Segundo o MP, Flávio recebeu mais lucro na cafeteria do que seu sócio -ambos têm 50% das cotas na empresa. Os promotores entendem que isso mostra que o sócio é "laranja" no negócio.