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Witzel evita derrota na Alerj e tira indicação para agência fiscal da Cedae

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) -
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC)

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

05/02/2020 15h38

Diante da possibilidade de ser derrotado politicamente pelo plenário da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), o governador Wilson Witzel (PSC) desistiu, na tarde de hoje, da indicação de Bernardo Sarreta para ocupar o cargo de conselheiro da Agenersa (Agência Reguladora de Energia e Saneamento).

A decisão de Witzel aconteceu menos de 24 horas depois de o nome de Sarreta ter sido rejeitado por unanimidade pela Comissão de Normas Internas e Proposições Externas da Casa Legislativa.

Durante a sabatina realizada ontem, o nome indicado pelo governador para integrar a cúpula da Agenersa em meio à crise de fornecimento da água assumiu não saber qual seria o papel de uma agência reguladora, reconheceu não ter realizado leituras técnicas sobre o tema e jamais ter pisado da Estação de Tratamento do Guandu. Além disso, pesou o fato de ele não ter experiências profissionais anteriores no setor público.

Depois da negativa da comissão, caberia ao plenário da Alerj votar pela aprovação, ou não, do nome de Sarreta. Antes que a votação fosse iniciada, o deputado Márcio Pacheco (PSC), líder do partido de Witzel na Alerj, leu a mensagem de retirada do nome.

O deputado Carlos Macedo (Republicanos) afirmou ter tido "vergonha alheia" da sabatina e lembrou que a indicação do nome foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão.

Um dos "homens fortes" de Witzel e responsável por indicações no governo, Tristão não mantém boa relação com os deputados da Alerj. "Se os deputados não ajudam, não deveriam atrapalhar", disse Macedo.

Cabe à Agenersa o controle dos contratos de concessão nas áreas de energia, saneamento básico e abastecimento de água no estado.