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Doria diz que quebra-quebra na Alesp será investigado por polícia

Do UOL, em São Paulo

05/03/2020 18h42

O governador João Doria informou hoje à tarde que o quebra-quebra ocorrido durante a votação da Reforma da Previdência, na Assembleia Legislativa de São Paulo, será investigado pela polícia.

"A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os atos de vandalismo na Assembleia de São Paulo. Solicitei que identifiquem e punam os vândalos fantasiados de manifestantes que depredam a Assembleia e agrediram policiais. As imagens estão submetidas ao sistema de reconhecimento facial da Polícia de São Paulo. Democracia não se faz com vandalismo", escreveu ele.

A reforma foi aprovada em segundo turno, na terça-feira (3), enquanto um intenso confronto com a Tropa de Choque ocorria na corredores e na parte de fora do Palácio Nove de Julho, sede do Legislativo paulista.

Ao analisar imagens das câmeras de segurança, a Polícia Militar na Alesp identificou ao menos 19 pessoas que teriam se infiltrado entre servidores públicos estaduais. Segundo Macris e a assessoria da PM na Alesp, a intenção era transformar o protesto em uma ação de vandalismo para forçar a interrupção da votação da reforma.

"De maneira legítima, houve um processo de mobilização dos servidores", disse o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Cauê Macris (PSDB). "Mas isso foi contaminado, por conta de black blocs que foram infiltrados no meio desse processo."

Ninguém foi detido na ação. Segundo a assessoria da PM na Alesp, as imagens serão analisadas e caberá à Polícia Civil identificar os suspeitos de insuflar o protesto e decidir se oferecerá indiciamento.

A Alesp ainda faz as contas do prejuízo com a depredação do prédio. Houve portas e quadros de luz quebrados, e a fiação de energia removida, além de gabinetes de parlamentares invadidos e depredados. Segundo Macris, encapuzados foram vistos entrando nos banheiros logo antes de canos d'água terem sido quebrados no local.

A decisão de realizar a sessão extraordinária pela manhã, segundo Cauê, foi tomada após ele ter sido informado pela divisão de inteligência da PM que a proporção dos protestos poderia ser maior nesta terça.