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Maia baixa tom sobre Bolsonaro: 'esquecer divergências e olhar para o povo'

Presidente da Câmara alertou para a gravidade da pandemia de coronavírus e seus efeitos na economia brasileira - ADRIANO MACHADO
Presidente da Câmara alertou para a gravidade da pandemia de coronavírus e seus efeitos na economia brasileira Imagem: ADRIANO MACHADO

Do UOL, em São Paulo

16/03/2020 12h08

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que com o momento do país em meio a pandemia de coronavírus os atritos entre ele e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm que ser superados.

"O presidente, na conversa pessoal, é muito bom no diálogo, muito mais do que parece ser. Vamos esquecer nossas divergências e olhar para o povo. A situação é muito complexa para gente ficar dizendo 'olha o que você fez ontem, olha o que eu fiz hoje'. A gente tem que olhar para frente", disse.

Maia deu a declaração no programa "90 minutos" da Rádio Bandeirantes. Ontem, Rodrigo Maia usou as redes sociais para criticar o chefe do Executivo e a ida dele para as manifestações, desrespeitando orientações do próprio Ministério da Saúde para evitar aglomerações.

Os atos pró-governo tiveram como alvos preferenciais os líderes do Congresso: os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, além dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Na entrevista com o jornalista Datena, Maia também citou medidas que estão sendo tomadas pelo Congresso para economia.

"Estamos trabalhando as leis de falência, a modernização do estado e a reforma tributária - que está prevista para maio e espero que se cumpra esse cronograma. Mas a curto prazo, vamos atuar junto com o governo, com o Poder Executivo, para que possamos avançar no combate à pandemia".

O presidente da Câmara disse que o Ministério da Saúde está acertando ao trabalhar com os outros poderes para importar equipamentos que serão utilizados no atendimento à população.

Ele também fez um apelo para os brasileiros seguirem as determinações sobre a prevenção da covid-19.

"Quero pedir para a população que cumpra e respeite a posição federal e dos governadores. De fato, a crise é grave. Muito grave. E pode chegar na casa de cada um de nós".