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Bolsonaro diz que povo, não governo, deve se preocupar com grupos de risco

Bolsonaro mostra hidroxicloroquina, remédio que ainda terá eficácia testada para covid-19 - Reprodução/Facebook
Bolsonaro mostra hidroxicloroquina, remédio que ainda terá eficácia testada para covid-19 Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

26/03/2020 19h59

O presidente Jair Bolsonaro disse que a população, e não o governo, é quem deve se preocupar com os idosos, que pertencem ao chamado grupo de risco, em relação ao combate à pandemia do novo coronavírus.

"A primeira pessoa que tem que se preocupar com o grupo de risco é você, que tem o pai, a mãe e o avô dentro de casa. Não é esperar que o governo faça alguma coisa. O governo está fazendo, mas não pode fazer tudo que acham que o Estado tem que fazer", disse ele, durante transmissão ao vivo realizada pelas redes sociais. (Assista ao vídeo, na íntegra, abaixo)

Na live, Bolsonaro citou muito a questão do desemprego e levou o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

"Para combater o vírus, estão matando o paciente. Falam que eu só penso em economia, economia... Meu amigo, sem grana, tu morre de fome, de depressão, de violência. Nós temos que nos preocupar com a vida, sim, mas com o emprego também", afirmou.

Bolsonaro ainda defendeu que não é necessário esperar os resultados comprovados da hidroxicloroquina para utilizar o medicamento para pacientes com coronavírus.

"Eu fui questionado pela imprensa se eu podia esperar a comprovação final. Eu perguntei quanto tempo leva para saber, e são seis meses. Se o elemento —o homem, mulher ou idoso - chega em um estado complicado e faz o teste e tem o coronavírus... aplica logo [o remédio]", disse o presidente.

Hoje pela manhã, Bolsonaro deixou à mostra uma caixa de um remédio feito com hidroxicloroquina durante reunião com líderes do G20. O encontro foi realizado hoje de forma virtual.

A hidroxicloroquina é amplamente utilizada no combate ao lúpus e à artrite reumatoide e tem sido estudada como um potencial agente de combate à pandemia do coronavírus. Mesmo sem comprovação quanto à eficácia, Bolsonaro tem se revelado um entusiasta da substância.