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Tabata diz que Bolsonaro faz 'velha política' e oferece cargos a partidos

Jair Bolsonaro - Sergio Lima / AFP
Jair Bolsonaro Imagem: Sergio Lima / AFP

Do UOL, em São Paulo

22/04/2020 20h52

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) afirmou hoje, via Twitter, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não faz a "nova política" — como prometeu durante as eleições — e que isso só traz resultados negativos para a população.

Ela se referiu às reportagens de que, na tentativa de montar uma base de sustentação parlamentar com o antigo Centrão, Bolsonaro está oferecendo cargos em troca de votos. Sem apoio no Congresso, a estratégia do presidente seria rachar o bloco ao isolar o DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a quem Bolsonaro se refere como um político que age para promover o seu impeachment.

"A 'nova política' de Bolsonaro não tem nada de novo e nada de bom para a população. Bolsonaro descumpriu sua promessa de que não pactuaria com a velha prática de 'toma-lá-dá-cá', de oferecer cargos aos partidos em troca de apoio do Congresso", disse.

"Em pouco mais de um ano de mandato, o presidente nunca sentou para negociar pautas chaves com parlamentares ou a sociedade civil. Mas não demorou muito para que ele optasse por negociatas e oferecesse, nos bastidores, cargos de seu governo ao Centrão em troca de apoio político", completou.

O Planalto também estaria estudando recriar o Ministério do Trabalho e oferecer o comando ao PTB, presidido por Roberto Jefferson, condenado no processo do mensalão, com pena reduzida por colaboração premiada ao delatar o esquema.

"A mídia já noticiou, inclusive, que Bolsonaro estaria cogitando recriar o Ministério do Trabalho para dar empregos aos seus novos aliados do PTB, liderado por Roberto Jefferson. Nada mais velho na política do que isso", opinou Tabata, no Twitter.

"Quando digo que devemos valorizar a boa política, e não a nova política, é porque vejo dia e noite muitas pessoas que defendem a nova política nas redes, mas que, na prática, repetem os padrões e práticas fisiológicas que nos afundam como país. Bolsonaro é uma dessas pessoas."