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Para Olavo de Carvalho, Moro é um "Judas" e será esquecido em 3 meses

SAO PAULO 17-10-2018 NACIONAL OLAVO DE CARVALHO FOTO REPRODUCAO -
SAO PAULO 17-10-2018 NACIONAL OLAVO DE CARVALHO FOTO REPRODUCAO

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

25/04/2020 13h00

Conhecido como "guru da família Bolsonaro" pela influência exercida sobre os filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partidos), Olavo de Carvalho chamou o ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) de "Judas", que "jogou-se na privada abraçado à biografia" e será esquecido em três meses.

Olavo se referia às acusações feitas por Moro na manhã de ontem ao anunciar sua demissão do ministério. Na ocasião, ele alegou suposta interferência política do presidente na PF (Polícia Federal) ao exonerar o diretor-geral da instituição, Maurício Valeixo.

Olavo escreveu diversas postagens em uma rede social criticando o ex-juiz pela forma como deixou a Esplanada dos Ministérios. Em uma mensagem, disse que Moro "entrou como mito, saiu como Judas".

Para Olavo, "Moro mostrou ser mais devoto à sua biografia do que à pátria" e que merece ser "processado". "Ele mentiu contra o presidente da República e deve ser processado, sem dó nem piedade", escreveu.

Segundo o escritor, o ex-ministro "nunca foi anticomunista, apenas antipetista, o que é a definição mesma do pseudoboldonarista aproveitador". Sobrou até para sua carreira como juiz.

"Moro sempre foi apenas um jurista regularmente bem preparado, mas totalmente desprovido de cultura histórica, literária, filosófica e política. Um ignorante especializado", afirmou.

Olavo disse ainda que, enquanto o presidente "sai engrandecido e merecedor da confiança que o povo jamais lhe nega", Moro será rapidamente esquecido.

Não vai fazer falta nenhuma. Que enfie sua biografia no cu e vá pastar. Daqui a três meses ninguém se lembrará mais dele.
Olavo de Carvalho, escritor

Olavo, que mora nos Estados Unidos, diz acreditar que "a total degradação moral de uma nação" se dá quando um juiz vira herói porque emitiu "meia dúzia de sentenças segundo a letra da lei". "Nada revela mais a degradação do que essa prostituição do heroísmo."

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