Senadores protocolam ação para impedir ida de Bolsonaro a aglomerações
Dois senadores da Rede e um advogado protocolaram uma ação popular que questiona a participação e o estímulo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a eventos com aglomeração, contrariando as orientações em relação à pandemia do coronavírus. Bolsonaro participou de um protesto no domingo, em Brasília. Eles ainda exigem que o governante divulgue claramente os resultados de seus exames para a covid-19, o que, se não ocorrer, poderia até bloquear bens do presidente.
Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Fabiano Contarato (REDE-ES) e o advogado Ruben Bemerguy protocolaram na Justiça Federal de São Paulo a ação, que pede que "seja determinado ao Presidente da República que se abstenha de promover ou participar, de qualquer forma, de atos em que haja aglomeração de pessoas, em direto desrespeito às recomendações da OMS, Ministério da Saúde ou do próprio Governo do Distrito Federal, enquanto perdurar o estado de emergência em decorrência da pandemia."
Os parlamentares citam que "as atitudes do presidente são um verdadeiro atentado à saúde da população, pois causam a potencial disseminação do vírus para milhares de pessoas e estão na contramão da linha adotada por quase todos os países do mundo no enfrentamento dessa grave crise".
Sobre os exames, a ação pede que o presidente apresente os resultados e que, se não o fizer, entre em isolamento social "por prazo não inferior a 14 dias, período que não poderá manter contato pessoal e direto com qualquer pessoa"
A ação ainda pede bloqueio de bens do Presidente da República se ele não apresentar os resultados e multa de R$ 1 milhão por cada ação que o presidente faça estimulando aglomerações.
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