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Eduardo Bolsonaro manda indireta para Mandetta: 'novo vírus na praça'

Deputado federal é defensor do uso da cloroquina no tratamento de pacientes da covid-19 - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Deputado federal é defensor do uso da cloroquina no tratamento de pacientes da covid-19 Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

22/05/2020 11h36

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) reagiu às críticas recentes do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta sobre a condução do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus. O filho do presidente se referiu de forma indireta a Madetta, que te sem manifestado contra o uso da cloroquina no tratamento de pacientes da covid-19.

"Tem um novo vírus na praça!", escreveu Eduardo no Twitter. "Principal sintoma é uma vontade incontrolável de falar e dizer o que o presidente deve fazer - não governadores. Porém, ele só se manifesta após exoneração vinda do presidente", completou o deputado.

Eduardo se refere ao fato de as críticas aconteceram após a saída de Mandetta do Ministério da Saúde, que já se deu há mais de um mês. Nesse tempo, Nelson Teich assumiu o comando da pasta, mas ficou no cargo por apenas 28 dias. Atualmente, o general Eduardo Pazuello é o ministro interino.

A indireta do deputado federal vem após repetidas críticas de Mandetta a ações do governo. O ex-ministro afirmou que a cloroquina pode ser perigosa por provocar arritmia cardíaca em idosos, disse que se não fosse o SUS o país teria uma "carnificina" e ainda revelou um episódio em que Bolsonaro quis alterar a bula da cloroquina para incluir sua recomendação no tratamento da covid-19.

Já Eduardo não tem poupado ex-ministros que deixaram o governo e criticaram ações de Bolsonaro. Recentemente, o deputado afirmou que "Moro não era ministro, era espião", em referência ao depoimento dado pelo ex-ministro da Justiça sobre a influência de Bolsonaro na troca do comando da Polícia Federal.

Desde o início da pandemia no país, o deputado tem se mostrado a favor do uso da cloroquina e contra as medidas de isolamento social mais restritivas. Por isso, tem atacado as ações de governadores na tentativa de controle da disseminação do coronavírus em seus estados.

"Se a cloroquina mata, tem que recolher o medicamento dos hospitais e farmácias", publicou Eduardo, logo após mandar a indireta para Mandetta.