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Bolsonaro elogia Pazuello e não cogita médico na Saúde: 'não é gestor'

Do UOL, em São Paulo

25/06/2020 20h11

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), elogiou hoje a gestão do general Eduardo Pazuello como ministro interino da Saúde. Em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que não gostaria de promover novas trocas nos ministérios e indicou que não colocará um médico para comandar a pasta da Saúde.

"Espero não trocar nenhum outro ministro. Estamos com uma falta na Saúde, mas se bem que o Pazuello está indo muito bem. A parte de gestão está excepcional, eu nunca vi essa gestão na história. Sabemos que ele não é médico, mas ele está com uma equipe fantástica no ministério", disse o presidente.

"Muitos querem que a gente coloque lá um médico agora, (mas) um médico dificilmente é gestor também. Se aparecer um médico gestor, a gente conversa com o Pazuello."

No comando do Ministério da Saúde desde maio, Eduardo Pazuello é o terceiro titular da pasta no governo Bolsonaro. Primeiro indicado, Luiz Henrique Mandetta é médico e ficou na função até abril, sendo exonerado em meio à pandemia do novo coronavírus. Nelson Teich, o sucessor, também é médico e ocupou o cargo entre 17 de abril e 15 de maio, quando pediu para sair.

Ambos discordaram de medidas defendidas pelo presidente durante o combate à pandemia da covid-19. Mandetta, inclusive, se tornou um crítico de Bolsonaro após deixar o governo federal e chamou de "decepcionante" a militarização da pasta em meio ao avanço do novo coronavírus. "Os médicos não sabem fazer guerra, os generais não sabem fazer saúde", declarou, em entrevista à AFP.

Já Teich acredita que o estilo de comando exercido por Bolsonaro tem, como efeito colateral, o enfraquecimento do Ministério da Saúde em meio à pandemia do novo coronavírus. Em declaração ao UOL Entrevista, o ex-ministro disse que existe um problema de "não liderança" da pasta como reflexo desta característica natural do chefe do Executivo.

Também presente à live, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou sobre a nomeação de Carlos Alberto Decotelli ao Ministério da Educação. Guedes assegurou que a escolha foi exclusiva de Bolsonaro.

"Conheço o Decotelli, foi uma bela escolha. Eu não falei nada. Se eu dou palpite, só estou aumentando meu problema, então fiquei quieto", afirmou.