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Deputado entra com representação para perda de mandato de Flordelis

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) durante sessão na Câmara, em maio de 2019 - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) durante sessão na Câmara, em maio de 2019 Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

26/08/2020 20h28

O deputado federal Léo Motta (PSL-MG) entrou ontem com representação à Mesa da Câmara pedindo a perda de mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ) por quebra de decoro parlamentar.

Ela é acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson Carmo, e teria arquitetado o crime por estar insatisfeita com a forma com que o pastor geria o dinheiro da família.

"Diante da avalanche de provas contra a Deputada Flordelis, fica evidente que a parlamentar não tem condições de permanecer no cargo para o qual foi eleita, tampouco exercer os papéis inerentes à vida política", apontou Motta, no pedido.

"Ela é acusada de ser mentora do homicídio do seu esposo. Existe um código de ética dentro do regimento da Casa e a conduta dos parlamentares tem que ser condizente. Pelas autoridades, foi ferido esse código. Não [estou] mais do que cumprindo a obrigação como representante do povo", disse ainda o deputado, em vídeo no Facebook.

Líderes da Câmara devem se reunir na próxima semana para debater o que poderá ser feito com o mandato da deputada. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que vai "discutir o assunto e ver de que forma a Câmara quer encaminhar" o tema.

Segundo os investigadores, Flordelis tentou assassinar o pastor por envenenamento pelo menos seis vezes, além de contratar pistoleiros em outras duas oportunidades.

Durante o inquérito, a polícia e o MPRJ se depararam com uma troca de mensagens em que Flordelis sugere que o assassinato do marido seria a única saída.

"Quando ela convence e fala com um outro filho que está aqui denunciado, o André, sobre esse plano de matar Anderson, ela fala da seguinte maneira: 'Fazer o quê? Separar dele não posso, porque senão ia escandalizar o nome de Deus', e então resolve matar. Ou seja, nessa lógica torta, o assassinato escandalizaria menos", contou o promotor Sérgio Lopes Pereira.