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Flordelis mantém em gabinete filho afetivo com o qual não pode ter contato

A deputada Flordelis e o marido Anderson, assassinado em junho de 2019 - Reprodução/Instagram
A deputada Flordelis e o marido Anderson, assassinado em junho de 2019 Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em Brasília

07/09/2020 17h28

A deputada Flordelis (PSD-RJ) mantém empregado no gabinete da Câmara dos Deputados o filho afetivo Gerson Conceição de Oliveira, com o qual não pode ter contato segundo decisão judicial.

De acordo com o portal da Câmara, Gerson continua trabalhando como secretário parlamentar e teve salário de R$ 11.837,92 em agosto após descontos obrigatórios, como imposto de renda e contribuição previdenciária. Ele ainda recebeu R$ 1.808,20 em auxílios. Gerson trabalha no gabinete desde 2019.

A Justiça não pôde mandar prender Flordelis devido à sua imunidade parlamentar —ela só pode ser presa em flagrante por crime inafiançável. No entanto, a 3ª Vara Criminal de Niterói determinou uma série de medidas cautelares a serem cumpridas por Flordelis.

Entre elas, está a proibição de a deputada "manter contato com qualquer testemunha ou corréus, inclusive junto à prisão, bem como com Márcio da Costa Paulo (Márcio Buba), Gérson Conceição de Oliveira (Pastor Gérson), Gilcinéa Teixeira do Nascimento (Neinha) e Lorrane dos Santos Oliveira".

Eles são investigados como possíveis coautores ou partícipes do assassinato do marido de Flordelis, Anderson do Carmo. A deputada foi denunciada como mandante do crime pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Procurada pelo UOL, a assessoria de Flordelis informou que a exoneração foi solicitada e que deverá ser efetivada nesta terça (8) pelo setor responsável da Câmara.

Dois dos filhos afetivos de Flordelis que foram presos, Carlos Ubiraci e André Luiz de Oliveira, também trabalhavam no gabinete da parlamentar, mas já foram exonerados.

Cinco de seus filhos e uma neta foram presos em 24 de agosto, em operação coordenada pelo Ministério Público do Rio e pela Polícia Civil. Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas pelo crime.

Além de não poder manter contato com os citados, testemunhas ou correús, Flordelis deve comparecer mensalmente ao Juízo para justificar suas atividades e assinar um boletim de frequência. Ela ainda não pode sair do país sem autorização judicial ou transferir sua residência para outra cidade sem autorização prévia.