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STJ adia julgamento de recurso de Flávio sobre rachadinhas do caso Queiroz

Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) tem julgamento de recurso adiado - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) tem julgamento de recurso adiado Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

15/09/2020 13h04Atualizada em 15/09/2020 14h44

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Félix Fischer adiou o julgamento que analisaria na tarde de hoje um recurso do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para suspender a investigação sobre suposto esquema de 'rachadinha' (devolução de parte do salário de assessores) no seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio.

O processo corre em sigilo. Não foi informado o motivo do adiamento nem quando o caso voltará a ser analisado. A assessoria de imprensa do senador informou que, por enquanto, ele não irá se manifestar sobre o adiamento.

Flávio pede que o STJ considere nulas as provas colhidas pela polícia e o Ministério Público e sustenta que houve quebra de sigilo bancário sem autorização judicial.

Em abril e em maio, o ministro Felix Fischer, relator do processo, negou pedidos do senador para parar as apurações. Na sessão de hoje, o recurso seria analisado pelo colegiado da 5ª turma.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, o filho do presidente Jair Bolsonaro e seu então assessor parlamentar, Fabrício Queiroz, chefiaram um esquema criminoso de desvio de verbas públicas da Alerj. Flávio é investigado por suspeita de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa — o que ele nega.

De acordo com as investigações, foram movimentados R$ 2,3 milhões. Queiroz foi demitido do gabinete de Flávio em 2018, após os indícios de irregularidades se tornarem públicos. Em junho deste ano, Queiroz foi preso em Atibaia em um imóvel pertencente a Frederick Wassef, que advogava para família Bolsonaro.

Atualmente, Queiroz e sua mulher, Marcia de Aguiar, cumprem prisão domiciliar no Rio de Janeiro.