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Governador do RJ exonera filho do Pastor Everaldo dois meses após prisão

Em foto de junho de 2018, Filipe Pereira (à esq.) posa com o então candidato a governador do Rio Wilson Witzel  (PSC) e o candidato a deputado federal Wendell Orelha de Ferro (PSC-RJ, à dir.) - Reprodução/Facebook
Em foto de junho de 2018, Filipe Pereira (à esq.) posa com o então candidato a governador do Rio Wilson Witzel (PSC) e o candidato a deputado federal Wendell Orelha de Ferro (PSC-RJ, à dir.) Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

01/11/2020 10h13

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, exonerou na última quinta-feira (28) o assessor Filipe Pereira, filho do presidente nacional do PSC Pastor Everaldo e que foi preso junto com o pai no final de agosto por suspeitas de integrarem um esquema de pagamento e distribuição de propinas na administração estadual. Pereira tinha o cargo de assessor especial do governador afastado Wilson Witzel (PSC).

A exoneração de Pereira aconteceu exatamente dois meses após a sua prisão. Neste período, o assessor, que já foi deputado federal e secretário-geral do PSC, continuou recebendo normalmente seu salário de quase R$ 15 mil. Segundo a TV Globo, Pereira tirou férias ao ser solto, dias após ser preso, e recebeu seus vencimentos mensais, no valor de R$ 14.921,81.

O assessor de Witzel permaneceu preso apenas pelo período de um mandado de prisão temporária, assim como seu irmão Laércio Pereira. Já o pai deles teve a prisão convertida para temporária e segue preso. Os três foram detidos no dia 28 de agosto pela Operação Tris in Idem.

Segundo a reportagem da TV Globo, Filipe Pereira era figura sempre presente nas reuniões que Witzel fazia para discutir questões da Secretária de Saúde, protagonista no esquema de propina investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) e que iniciou a crise política que resultou no afastamento do governador pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O esquema de superfaturamento de contratos e pagamento de propina foi detalhado pelo ex-secretário da Saúde Edmar Santos em acordo de delação premiada. Ele deixou o cargo ainda em maio, nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus, e foi preso em julho, sendo solto cerca de um mês depois.