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Portinho toma posse no Senado; filho de Chico Rodrigues segue sem assumir

Carlos Portinho (RJ) assume a vaga deixada por Arolde de Oliveira (PSD-RJ), vítima da covid-19 - Jefferson Rudy/Agência Senado
Carlos Portinho (RJ) assume a vaga deixada por Arolde de Oliveira (PSD-RJ), vítima da covid-19 Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

03/11/2020 17h55Atualizada em 03/11/2020 18h19

O advogado e político Carlos Portinho (PSD-RJ) tomou posse hoje como senador no lugar de Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que morreu aos 83 anos em decorrência de complicações causadas pelo coronavírus em 21 de outubro. Portinho era o primeiro suplente de Arolde.

A posse foi em sessão remota, mas com a presença de Portinho no Prodasen (Secretaria de Tecnologia da Informação), no Senado, em Brasília, ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), entre outros. Na fala ao tomar posse, Portinho prestou solidariedade às vítimas da covid-19, com destaque a Arolde.

"Assumo hoje com profundo pesar. Quisera eu que fosse de outra forma, mas Deus reserva a cada um de nós o seu destino", falou. "Não me assusta o Senado. Assusta-me substituir Arolde de Oliveira, porque não se substitui a história."

"Não começo do zero a escrever aqui a minha história. Aqui o senador Arolde de Oliveira empresta-me a sua história e eu a recebo com eterna gratidão. Ascendi rápido, mas ascendi pela minha formação profissional, pelo meu engajamento político e pela experiência como secretário do estado e do município do Rio de Janeiro, predicados destacados pelo senador Arolde de Oliveira que me conduziram a essa chapa vencedora e, não por acaso, como seu suplente", acrescentou Portinho.

Em abril deste ano, Arolde defendeu o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19, mesmo sem comprovação científica para curar a doença, e o isolamento social "seletivo".

"Os números do vírus chinês no mundo e no Brasil demonstram a inutilidade do isolamento social. Autoridades, alarmistas por conveniência, destruíram o setor produtivo e criaram milhões de desempregos. O presidente Jair Bolsonaro, isolado pelo STF, estava certo desde o início", escreveu à época, em uma rede social.

Filho de senador com dinheiro na cueca segue sem assumir

Chico Rodrigues - Edilson Rodrigues/Agência Senado - Edilson Rodrigues/Agência Senado
Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Apesar da posse de Portinho, o filho do senador Chico Rodrigues (RR), Pedro Arthur, segue sem assumir o lugar do pai. Pedro é o primeiro suplente de Rodrigues, flagrado com dinheiro na cueca e investigado por supostos desvios de recursos para combater a pandemia do coronavírus pela Polícia Federal.

Rodrigues pediu licença de 121 dias do Senado após mal-estar na base do governo na Casa, ainda mais por ser vice-líder, e numa tentativa de barrar seu afastamento judicial. Pelo regimento do Senado, um suplente só assume quando o afastamento do titular supera os 120 dias.

Segundo a assessoria de Rodrigues, Pedro Arthur ainda não foi convocado pela Secretaria-Geral da Mesa nem por Davi Alcolumbre para tomar posse. Portanto, não há previsão de quando deve assumir a vaga do pai.

Rodrigues integrava o Conselho de Ética do Senado e a comissão mista de deputados e senadores que acompanha a situação fiscal e a execução de medidas relacionadas ao novo coronavírus. Ele deixou os dois colegiados depois da ação da Polícia Federal.