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Conduta de Bolsonaro para conter pandemia foi ruim para 41,8%, diz pesquisa

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) posa sem máscara em meio a aglomeração em trailer de cachorro quente próximo à Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), no Rio de Janeiro - Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) posa sem máscara em meio a aglomeração em trailer de cachorro quente próximo à Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), no Rio de Janeiro Imagem: Reprodução

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

10/11/2020 04h03

Pesquisa formulada pelo INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Democracia e Democratização da Comunicação) aponta que para 41,8% dos entrevistados o trabalho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi "ruim" ou "péssimo" — índice maior do que o declarado para governadores (27,1%) e prefeitos (25,3%).

Por outro lado, 30,9% dos entrevistados consideraram "ótimo" ou "bom" a postura de Bolsonaro frente à pandemia e 26,3% como "regular". Esses percentuais ficaram abaixo do informado para governadores — 36,4% classificaram como "ótimo" ou "bom" e 34,1% como "regular".

Na avaliação do desempenho dos prefeitos na pandemia, 40,7% declararam achar "ótimo" ou "bom", e 33% como regular.

Segundo a pesquisa, Bolsonaro foi mal avaliado pelas ações contra a covid-19 entre aqueles com curso superior (49%), entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (54,7%), mulheres (46,1%), espíritas (58,4%) e moradores do Sudeste (46,3%) e Sul (46,7%).

Margem de erro varia por região

Para a pesquisa, foram entrevistados por telefone 2 mil pessoas de 178 municípios diferentes. Ao todo, 40% dos entrevistados são de capitais.

A margem de erro da pesquisa varia conforme a região. No Centro-Oeste fica em oito pontos, no Norte 7,3 pontos, Sul 5,9 pontos, Nordeste 4,2 pontos e Sudeste de 3,4 pontos. O coordenador da pesquisa explica que a variação ocorre pela dificuldade ou facilidade de encontrar os entrevistados e atender os percentuais de gênero, renda, entre outros critérios.

"É mais difícil encontrar os entrevistados no Norte, por exemplo, já é algo histórico", observa o coordenador da pesquisa e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Leonardo Avritzer.