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Operação Lava Jato

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78ª fase da Operação Lava Jato mira ex-funcionário da Petrobras

PF cumpre dois mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis e Araruama, ambas no Rio de Janeiro - ESTADÃO CONTEÚDO/ BRUNO ESCOLASTICO
PF cumpre dois mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis e Araruama, ambas no Rio de Janeiro Imagem: ESTADÃO CONTEÚDO/ BRUNO ESCOLASTICO

Do UOL, em São Paulo

26/11/2020 06h52

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, a Operação Sem Limites 5, que é a 78ª fase da Operação Lava Jato. São cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis e Araruama, ambas no Rio de Janeiro. As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

A operação busca aprofundar as investigações sobre crimes cometidos na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização. O investigado, ex-funcionário da empresa, já foi alvo de medidas judiciais na 57ª fase da Lava Jato e é novamente alvo de mandados de busca e apreensão.

As apurações foram iniciadas após a deflagração da 57ª fase da Lava Jato —Operação Sem Limites, em dezembro de 2018—, que cumpriu mandados de prisões e buscas e apreensões de integrantes de organização criminosa responsáveis pela prática de crimes envolvendo a negociação de óleos combustíveis e outros derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.

Após o cumprimento das medidas e o oferecimento de acusações criminais, executivos ligados à empresa estrangeira investigada celebraram acordos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

Os executivos da empresa relataram, com base em elementos probatórios por eles apresentados e outros já constantes dos autos dos inquéritos policiais, que o então funcionário da estatal teria recebido cerca de US$ 2,2 milhões, entre 2009 e 2015, para favorecer a trading company em negociações de compra de combustíveis marítimos fornecidos pela Petrobras.

As vantagens indevidas seriam recebidas em espécie no Brasil e, na sequência, repartidas pelo investigado com outros então funcionários da estatal integrantes do esquema criminoso.

Existem ainda indícios de que outras empresas estrangeiras também teriam pago vantagens indevidas ao ex-agente público relacionadas a operações de compra e venda de combustíveis marítimos com a estatal brasileira.

Os investigados responderão pela prática, dentre outros, dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e de lavagem de dinheiro.

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