Topo

Witzel diz que errou ao apoiar Bolsonaro: "A vida é um aprendizado"

"Bolsonaro ainda não sentou na cadeira", afirma governador afastado   - Reprodução/TV Alerj
"Bolsonaro ainda não sentou na cadeira", afirma governador afastado Imagem: Reprodução/TV Alerj

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

19/12/2020 13h07

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Wiztel (PSC), criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã de sábado (19) ao comentar a formação do bloco parlamentar de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para enfrentar o candidato do presidente da República pelo comando da Câmara. O ex-juiz disse que errou ao apoiar Bolsonaro nas eleições de 2018, mas alegou não ter tido escolha.

"A vida é um aprendizado", afirmou Witzel, em rede social. "Cometemos erros. O importante é reconhecê-los e repará-los. O pior cego é aquele que não quer ver."

Ele comentou a carta de formação do bloco de Maia para enfrentar Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado por Bolsonaro. Witzel disse que desejava que a Câmara dos Deputados "livre e responsável, que seja exemplo para o Brasil".

Ao ser questionado por seu apoio ao presidente da República, passou a dizer que "tínhamos duas opções apenas, [Fernando] Haddad [PT] e Bolsonaro". "Lendo o plano de governo e as ideias de Paulo Guedes [ministro da Economia], entendi que seria o melhor caminho. Não se trata de surfar, mas de análise técnica."

Witzel está afastado do governo e ameaçado por um processo de impeachment. Foi denunciado três vezes ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, os quais ele nega.

Mesmo fora do cargo, o governador disse que cumpre seu plano de governo. "Estou cumprindo meu plano de governo, Bolsonaro ainda não sentou na cadeira."