Denunciado por corrupção, ex-secretário de Saúde do RJ volta à ativa na PM
Edmar Santos, ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro preso por suspeita de participar de esquemas de corrupção, voltou à ativa da PMERJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro) na última terça (29). Ele estava de licença desde agosto e deverá desempenhar um cargo administrativo, sem portar arma de fogo.
Tenente-coronel da PMERJ e médico, Santos foi afastado por problemas de saúde após sair da prisão e, agora, foi transferido para a DGP (Diretoria Geral de Pessoal). Como ex-secretário, ele foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro por intermédio de organização criminosa junto ao governador afastado Wilson Witzel (PSC) por contratos de compra de respiradores pulmonares durante a pandemia.
Santos foi preso no início de julho e deixou a cadeia no dia 7 de agosto. No dia 24, apresentou-se à Junta Médica Hospitalar da PM para avaliação do quadro de saúde. Em 23 de setembro, foi considerado "incapaz temporariamente para o serviço militar". Ganhou 27 dias de licença e teve a arma apreendida.
Em 21 de outubro, voltou a ser considerado incapaz e ganhou mais 55 dias de licença. No último exame, em 16 de dezembro, foi considerado "apto C", uma classificação para policiais que não podem desempenhar atividade-fim, mas podem trabalhar administrativamente.
Ele segue sem permissão para portar arma de fogo e um novo exame está marcado para o meio de fevereiro. Sua transferência para a DGP foi oficializada no boletim da PMERJ na terça-feira (29). Procurada, a corporação não respondeu até o fechamento da reportagem.
Denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro
Santos foi secretário de Saúde do estado até o meio do ano, quando foi descoberto um esquema de desvio de verba em contratos para o combate à covid-19. Ele era um dos homens fortes do governo Wilson Witzel (PSC) e acabou sendo um dos responsáveis pela denúncia que resultou no afastamento do governador em setembro.
Ele negociou delação premiada e citou Witzel e outros políticos que também teriam integrado o esquema. Em setembro, o Ministério Público ajuizou ação civil pública para que Santos e os dois subsecretários da pasta indenizem coletivamente a população fluminense pelas fraudes em contratos.
O pedido é que o trio possa arcar com R$ 100 milhões; o valor será destinado ao Fundo de Reconstituição dos Bens Lesados.
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