Podemos confirma apoio a Simone Tebet, mas libera senadores divergentes
O partido Podemos confirmou hoje à tarde, por meio de nota, o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência do Senado. O suporte da sigla já era esperado e o anúncio acontece após reunião da bancada com a candidata.
Juntos, o MDB e o Podemos deverão somar 24 senadores no dia da eleição interna do Senado, prevista para a primeira semana de fevereiro. No entanto, ela não deverá contar com os votos de todos os senadores do bloco.
Ao menos dois senadores do Podemos, Marcos do Val (ES) e Romário (RJ), devem apoiar o principal adversário de Simone, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Pacheco tem por trás de sua candidatura o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o favoritismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"O Podemos manifesta seu apoio à senadora Simone Tebet para a Presidência do Senado Federal após discussão e reflexão sobre os seus compromissos e ideias. Como sempre, a bancada respeitará eventuais opiniões divergentes dos seus senadores. O partido confia na mudança e na afirmação do protagonismo ético do Senado, reafirmando seu compromisso com a independência dos Poderes e a governabilidade", diz a nota do Podemos, assinada pelo líder do partido no Senado, Alvaro Dias (PR).
Mais cedo, Alvaro Dias falou à reportagem que a posição oficial do partido é de apoio a Simone, mas o "eventual compromisso que alguém possa ter assumido anteriormente" com outro candidato seria respeitado.
A expectativa do grupo de Simone é que ela consiga atrair votos no PSDB, Cidadania e Rede, além de defecções do lado de Pacheco.
Rodrigo Pacheco conta com cerca de 39 senadores nos partidos que o apoiam. Esse número pode mudar devido a troca de partidos de senadores, retorno de titulares ao mandato e traições, já que o voto é secreto.
O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) comemorou a decisão. "Tenho a esperança e a impressão de que até o dia 2 de fevereiro o Podemos será unânime no apoio a Simone Tebet. Por enquanto, temos dois senadores que ainda não declararam esse apoio", disse.
"O futuro do país está em jogo. As reformas, a independência dos Poderes, as próximas eleições. Eu diria que a própria democracia brasileira está intimamente ligada, o seu futuro, ao resultado destas eleições para o Senado e para a Câmara", completou.
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