Após crise da vacina, Bolsonaro vai a festa da embaixada da Índia: "Irmãos"
Pouco mais de dez dias depois da crise da importação de doses de vacinas contra a covid-19 da Índia, o presidente Jair Bolsonado (sem partido) participou hoje de uma recepção promovida pela embaixada do país em homenagem ao Dia da República. No Clube Naval de Brasília, o presidente disse algumas palavras e jantou com o embaixador da Índia, Sureh Reddy.
Sem citar a questão anterior da importação dos imunizantes, o presidente focou seu discurso em elogios à relação entre o Brasil e a Índia.
Notamos, durante o ano de 2020, o quão importante foi essa aproximação [entre os países]. No momento em que quase toda a aviação estava parada no mundo, a Índia nos atendeu com insumos."
Jair Bolsonaro
Na avaliação do presidente, a viagem que fez à Índia foi essencial na aproximação dos dois países. Ele disse que é "amigo" do primeiro-ministro, Narendra Modi e citou a palavra "prosperidade" três vezes.
"Realmente, cada vez mais a Índia se torna um país irmão do Brasil", afirmou Bolsonaro.
Em seu discurso, Reddy disse que a Índia quer o Brasil como parceiro em negócios. Citou exemplos como o lançamento de satélite na Amazônia no mês que vem e o fornecimento de vacinas para o mundo.
Ele disse que a Índia vai doar 2 milhões de doses de imunizantes para o mundo. Afirmou ainda que o país vai fornecer mais 1 milhão de doses de vacina para a Organização das Nações Unidas (ONU).
A Índia, Jair e a vacina
A história recente na relação entre os dois países começou na primeira quinzena de janeiro, quando o governo federal informou que um avião da Azul decolaria no dia 14 em direção a Mumbai para buscar os 2 milhões de doses da vacina de Oxford contra o coronavírus encomendadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
No próprio dia 14, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, disse hoje que o país ainda está avaliando a possibilidade de exportar doses de imunizante produzidos em seu território e que é "muito cedo" para dar uma resposta.
Sem previsão por parte do governo federal, o avião ficou estacionado em solo, no Recife, durante o dia 15. Ciente do cenário, o presidente Bolsonaro admitiu, no final da tarde em entrevista ao apresentador a José Luiz Datena, no Brasil Urgente, que a operação deve atrasar "dois ou três dias, no máximo".
Ainda sem definição, a aeronave retornou a Campinas (SP) com o objetivo de levar cilindros de oxigênio para Manaus, que vive um colapso no sistema de saúde.
Apenas na última sexta (22), o avião que transporta os dois milhões de doses da vacina de Oxford produzidas no Instituto o Serum, na Índia, chegou ao Rio de Janeiro, às 22h. De forma simbólica, a aeronave foi batizada ao pousar no Aeroporto do Galeão.
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