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Lira escolhe relator que se mostrou favorável à prisão de Daniel Silveira

                                 Daniel Silveira foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite dessa terça-feira, depois de divulgar um vídeo com discurso de ódio contra os membros do STF                              -                                 Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
Daniel Silveira foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite dessa terça-feira, depois de divulgar um vídeo com discurso de ódio contra os membros do STF Imagem: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/02/2021 20h39

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), escolheu o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) como relator da votação que acontece amanhã, em Brasília, e decide se a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) será mantida ou não. Em vídeo publicado nas redes sociais, Sampaio se mostrou favorável à manutenção da prisão de Silveira.

"A conduta do parlamentar foi inadmissível e inaceitável, porque não se pode conceber que, a pretexto de se estar usando a liberdade de expressão, você possa injuriar e difamar quem quer que seja, mesmo que você não concorde com decisões do ministro do Supremo", disse Carlos Sampaio em vídeo publicado ontem.

Sampaio afirmou ainda que "não se pode conceber" a incitação de "movimentos antidemocráticos" em nome da liberdade de expressão.

"Não se pode conceber que, a pretexto dessa mesma liberdade, você venha a incitar movimentos antidemocráticos e mais do que isso o uso da violência e da ameaça para constranger ministros da mais alta corte do nosso país", concluiu o deputado.

Câmara decide amanhã o futuro de Daniel Silveira

Após reunião com líderes da Câmara, foi marcada para amanhã a votação para decidir se a prisão do deputado federal será mantida ou não. Apesar de alguns deputados considerarem a prisão abusiva, líderes partidários mostram uma tendência para que a prisão de Daniel Silveira seja mantida.

Ontem, o STF decidiu por unanimidade pela manutenção da prisão do deputado, o que afetou o posicionamento dos parlamentares.

"11 a 0 é muito simbólico. Fica difícil debater a questão jurídica. Agora, é só questão política mesmo", disse ao UOL um líder partidário, sob reserva.