Pazuello muda versão de quando soube da falta de oxigênio no AM, diz jornal
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou a versão do governo e disse em depoimento à Polícia Federal que não soube do desabastecimento de cilindros de oxigênio em Manaus no dia 8 de janeiro, de acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo".
A AGU (Advocacia-Geral da União) havia informado ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o Ministério da Saúde soube da situação crítica do estoque de oxigênio em 8 de janeiro por meio de email enviado pela fabricante White Martins. A manifestação foi assinada pelo ministro-chefe da AGU, José Levi.
No depoimento à PF, em 4 de fevereiro, Pazuello afirmou que o documento nunca foi entregue oficialmente ao Ministério e a empresa também não realizou contatos informais com representantes da pasta, segundo a reportagem. O ministro disse que o aviso do dia 8 foi citado na manifestação da AGU por equívoco de um funcionário do Ministério, ainda de acordo com o "Estadão".
Pazuello afirma que recebeu um pedido de 150 cilindros de oxigênio do governo de Amazonas no dia 8. Em 9 de janeiro, o COE (Centro de Operações de Emergência) do Ministério da Saúde avisou sobre "colapso dos Hospitais e falta da rede de oxigênio", mas "não houve qualquer tipo de menção ao iminente colapso de fornecimento de oxigênio na cidade de Manaus-AM" até aquele momento, segundo o general.
O ministro disse no depoimento que o governador do Amazonas, Wilson Melo (PSC) informou "um problema de abastecimento de oxigênio" na noite de 10 de janeiro, e que convocou uma reunião com secretários de municípios e do Amazonas no dia 11 de janeiro "com o objetivo de atender a abrangência da falta de oxigênio e demais óbices no atendimento de saúde".
O depoimento à PF foi prestado no âmbito do inquérito sigiloso do STF que apura se houve omissão do ministro no combate ao avanço da pandemia em Manaus.
O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o caso, e a AGU afirmou ao jornal que "não comenta sobre processos em curso na respectiva atuação judicial e extrajudicial".
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