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SP: Proposta quer lockdown na capital por 15 dias para conter pandemia

Luana Alves (PSOL-SP) mostra projeto de lei que propõe lockdown na capital  - Reprodução/Instagram
Luana Alves (PSOL-SP) mostra projeto de lei que propõe lockdown na capital Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

02/03/2021 17h15

Um projeto de lei apresentado pela vereadora Luana Alves (PSOL-SP) propõe que seja adotado na capital paulista um lockdown de 15 dias para conter a pandemia de covid-19, que tem se intensificado nas últimas semanas na cidade. A proposta foi protocolada na Câmara de Vereadores de São Paulo hoje, mas ainda não tem previsão para ser avaliada.

A maior justificativa da vereadora para a proposta de manter apenas atividades essenciais funcionando durante o período é a ameaça de colapso no sistema de saúde. Hoje, o secretário de Saúde do município, Edson Aparecido, admitiu que a cidade vai viver ainda "15 dias de pressão e aumento de casos e internações".

"O sistema de saúde vai entrar em colapso, e colapso não é ter pouco atendimento, colapso não é demora no atendimento. Colapso é um cenário onde uma pessoa que está infartando, que quebrou o pé, que levou um tiro não vai conseguir atendimento", afirmou Luana.

Apesar de as autoridades paulistanas não admitirem a possibilidade de colapso no sistema de saúde da cidade, o interior do estado já registrou situações de falta de atendimento a pacientes na última semana, como em Araraquara. Mais próximo à Grande São Paulo, o cenário também é complicado em Campinas, que anunciou hoje medidas restritivas e suspendeu as aulas presenciais por estar em situação de "pré-colapso".

"Colapso é o sistema de saúde não conseguir atender nem urgência e emergência e isso vai acontecer se a gente não desacelerar o avanço da covid. Exigimos lockdown com políticas de manutenção de renda e emprego", completou a vereadora, que é a líder do PSOL na Câmara.

Apesar de estabelecer o fechamento da grande maioria do comércio ou o funcionamento no esquema delivery, o projeto de lei prevê que alguns setores manterão suas atividades, como a indústria e a construção civil, além de agências bancárias e lotéricas.

O texto alega que o "toque de restrição" entre 23h e 5h, decretado pelo governador João Doria (PSDB) na semana passada, "não é o suficiente para contenção da pandemia". Na prática, a medida aumentou as ações de fiscalização em todo o estado durante a madrugada, com foco na capital. Segundo a gestão de Doria, 286 estabelecimentos foram autuados desde sexta-feira (26).