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Pelo menos temos um ministro da Saúde que é médico, diz presidente da OAB

Andréia Martins, Lucas Borges Teixeira e Rai Aquino

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

30/03/2021 11h18Atualizada em 30/03/2021 11h38

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, disse que, com a chegada de Marcelo Queiroga ao Ministério da Saúde, temos "pelo menos" um ministro que é médico. O advogado criticou a atuação do governo Bolsonaro no combate à pandemia.

"Pelo menos temos de volta um ministro que é medico, que prestou um juramento de defender a vida. Nem isso tivemos durante o período mais agudo da pandemia até agora", disse o advogado durante o UOL Entrevista,conduzida hoje pelo colunista Kennedy Alencar.

Santa Cruz ainda elogiou a advertência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), à condução do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia.

"Em relação à Câmara, vi com bons olhos a advertência. A política vive esse sistema de pressões e faz parte da democracia. O presidente Arthur Lira há poucos dia deu um claro sinal de que o Congresso espera que saiba separar a condução da vida politica do país, legislativa, da conivência, de ser cúmplice dessa marcha de insensatez que o presidente comandou", afirmou ele.

O advogado ressaltou que apresentou uma denúncia de "crimes contra a saúde e prevaricação" contra o presidente e que poderia ter incluído "o exercício ilegal da medicina", porque na sua visão, "o presidente optou por ser médico, um péssimo médico, aliás".

"A OAB indicou esses crimes em uma representação. Não é uma peça assinada por mim. É uma representação aprovada por unanimidade. Esperamos que o procurador-geral da República cumpra seu dever institucional e encaminhe ao Supremo [Tribunal Federal] para que o Supremo possa investigar esses crimes que a OAB está apontando", completou.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.