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Oposição pede que TCU investigue Bolsonaro por contratar influenciadores

Marcelo Freixo (PSOL-RJ) é um dos signatários do pedido ao TCU - Valter Campanato/Agência Brasil
Marcelo Freixo (PSOL-RJ) é um dos signatários do pedido ao TCU Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Sara Baptista

Do UOL, em São Paulo

31/03/2021 20h55Atualizada em 01/04/2021 09h16

Os líderes dos partidos de oposição pediram hoje que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue o presidente Jair Bolsonaro pelo gasto de R$ 1,3 milhão com ações de marketing com influenciadores em defesa do tratamento precoce contra covid-19. Especialistas afirmam que não existe tratamento precoce para a doença.

Os partidos, representados por seus líderes, pediram que o TCU investigue todas as circunstâncias relacionadas ao pagamento. Segundo reportagem da Agência Pública, ao menos R$ 85,9 mil foram destinados ao pagamento de cachês de 19 influenciadores.

"É um absurdo que o Governo Federal siga patrocinando campanhas publicitárias que incentivam o suposto tratamento precoce, prática amplamente contestada pelo meio científico, sem nenhum tipo de comprovação acerca da sua eficácia", diz o texto.

O pedido da oposição também classifica o gasto do governo como "inadmissível". "É inadmissível que num momento em que milhares de pessoas estão morrendo pela proliferação do novo coronavírus, o Governo Federal utiliza milhões de reais para financiar publicidade com a finalidade ilegal".

O grupo pediu também que sejam aplicadas as medidas cautelares cabíveis "para a proteção dos direitos fundamentais do povo brasileiro", e ainda que sejam identificados e punidos os responsáveis pelo gasto.

O pedido foi assinado por Marcelo Freixo (PSOL), líder da minoria na Câmara, Alessandro Molon (PSB), líder da oposição na Câmara, e pelos líderes do PT, do PSB, do PDT, do PSOL, do PCdoB e da Rede Sustentabilidade, respectivamente, Bohn Gass, Danilo Cabral, Wolney Queiroz, Talíria Petrone, Renildo Calheiros e Joênia Wapichana.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, Renildo Calheiros é do PCdoB, e não do PCB. A informação foi corrigida.