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Partidos pedem cassação de mandato de Eduardo Bolsonaro por falas machistas

Cinco partidos pedem cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro por falas misóginas sobre deputadas - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Cinco partidos pedem cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro por falas misóginas sobre deputadas Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Colaboração para o UOL

13/04/2021 17h45

Os partidos PT, PSOL, PSB, PDT e PCdoB protocolaram hoje uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O pedido pela cassação do mandato cita afirmações de cunho misógino, feitas nas redes sociais.

Na ocasião, Eduardo Bolsonaro fez um post em que se referia às deputadas da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) como "pessoas portadoras de vagina".

No documento, os partidos descrevem a atitude como uma "demonstração de desrespeito pelas mulheres parlamentares, em uma atitude misógina e vil". Para as legendas, além de "grave", a conduta do deputado Eduardo Bolsonaro é "incompatível com a ética e o decoro" parlamentar.

Além dos partidos, outras 21 deputadas federais, como Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Tabata Amaral (PDT-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP), e Benedita da Silva (PT-RJ), assinam o documento.

Hoje, minutos após o anúncio dos partidos sobre a representação, Eduardo Bolsonaro fez um novo post no Twitter em que diz que a primeira postagem teria sido feita "ironizando a esquerda" que, agora, "quer dizer que eu criei a expressão e me tachar de machista".

Na primeira postagem, feita em 8 de abril, o deputado comentou uma discussão que aconteceu durante uma sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), entre Éder Mauro (PSD-PA) e Maria do Rosário (PT-RS). Eduardo Bolsonaro disse, então, que embora a sessão não fosse uma "gaiola das loucas", as deputadas, às quais referiu como "pessoas portadoras de vagina", estavam sendo "levadas a loucuras pelas verdades ditas pelo Dep.@EderMauroPA".

O texto encaminhado à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cita, também, que "a igualdade entre homens e mulheres é tratada de forma expressa no inciso I, do mesmo dispositivo constitucional, vedando-se, por consequência, qualquer forma de discriminação em razão de sexo" e pede, assim, que nos termos da lei e do Regimento Interno da Câmara dos Deputados seja feita "a devida responsabilização ético-disciplinar".