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Levy Fidelix disputou a Presidência 2 vezes; melhor resultado foi em 2014

Veja imagens da trajetória política de Levy Fidelix, morto aos 69 anos

Do UOL, em São Paulo*

24/04/2021 10h54

O presidente e fundador do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), Levy Fedlix, 69, morreu na noite de ontem. A informação foi confirmada pelo partido em publicação nas redes sociais.

Conhecido como "homem do aerotrem", Fidelix disputou ao todo 14 eleições —sendo duas para a Presidência da República, em 2010 e 2014—, mas nunca foi eleito. Sua votação mais expressiva foi em 2014, na segunda tentativa de ser presidente, quando recebeu 440 mil votos, o equivalente a 0,43% dos votos válidos.

Na disputa eleitoral de 2014, Fidelix ganhou notoriedade por suas participações nos debates entre candidatos transmitidos pela TV, que, em vários momentos, renderam declarações polêmicas, principalmente falas de cunho homofóbico.

Em um debate na TV Record, Fidelix afirmou que "aparelho excretor não reproduz". A fala provocou uma série de manifestações e um beijaço gay na avenida Paulista, em São Paulo. Em 2018, quando era pré-candidato à presidência da República, afirmou ter mudado de posicionamento em relação aos homossexuais.

Naquele ano, Fidelix desistiu de concorrer ao Palácio do Planalto para apoiar Jair Bolsonaro (sem partido) e emplacou um nome do PRTB, o general Hamilton Mourão, como vice na chapa que venceu as eleições.

Carreira na política

Fidelix começou sua carreira política em 1986, quando fundou o PL (Partido Liberal) e disputou as eleições para deputado federal por São Paulo. Ele recebeu votações irrisórias tanto naquele ano, quanto em 1989, quando mudou-se para o PTR (Partido Trabalhista Renovador) e concorreu ao mesmo cargo.

Entre 1992 e 1994, Fidelix fundou o PRTB para se candidatar à Presidência da República, mas acabou com o registro barrado por conta da legislação eleitoral.

Depois, concorreu à Prefeitura de São Paulo, em 1996, quando apresentou pela primeira vez a famosa proposta do aerotrem —um trem de alta velocidade que, segundo ele, seria a solução para o problema de mobilidade urbana na capital.

Em 1998 e 2002, tentou ser governador de São Paulo, mas foi derrotado com menos de 1% dos votos válidos em ambas as ocasiões. O mesmo aconteceu em 2004, quando se candidatou a vereador na capital paulista, e em 2006, quando tentou o cargo de deputado federal.

Sua última participação em eleições foi em 2020, quando tentou a Prefeitura de São Paulo. Na ocasião, disse que pretendia desapropriar a região da Cracolândia e criar "o maior shopping de tecnologia e eletrônicos da América Latina".

(*Com informações do Estadão Conteúdo)