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Bolsonaro sugere que ministro Tarcísio pode disputar eleição em SP em 2022

"Quem sabe São Paulo adote Tarcísio [de Freitas] para o ano que vem?", disse Bolsonaro a apoiadores - Alan Santos/PR
"Quem sabe São Paulo adote Tarcísio [de Freitas] para o ano que vem?", disse Bolsonaro a apoiadores Imagem: Alan Santos/PR

Do UOL, em São Paulo

26/04/2021 19h27Atualizada em 26/04/2021 20h26

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu hoje que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pode disputar a eleição para o governo de São Paulo em 2022. Ele também voltou a cutucar o atual governador do estado, João Doria (PSDB) — mas sem citá-lo nominalmente —, dizendo que o tucano é "obcecado pelo poder".

As declarações foram feitas hoje, em conversa com apoiadores gravada e divulgada pelo canal "Foco do Brasil", no YouTube. No vídeo, é possível ouvir um homem pedindo que Bolsonaro dê "um abraço no Tarcísio" e diga-lhe que ele orgulha a classe dos engenheiros.

O presidente, então, responde: "Quem sabe São Paulo adote Tarcísio para o ano que vem?"

Pouco antes, outro apoiador pediu que Bolsonaro não deixasse de olhar "nosso estado" — São Paulo, onde o presidente nasceu —, acrescentando que "tem um problema lá". "Aquele cara é perigoso", disse o homem, em provável referência a Doria. "É obcecado pelo poder", completou Bolsonaro, também sem citar o governador.

Logo depois da divulgação do vídeo, Doria respondeu nas redes sociais à provocação do presidente: "É muita obsessão pela minha calça apertada."

Orçamento de 2021

Bolsonaro ainda voltou a dizer que tenta solucionar, sem quebrar a regra do teto de gastos, o que chamou de "probleminha" no Orçamento de 2021, sancionado na semana passada. De acordo com técnicos de equipe econômica, a versão aprovada pelo Congresso subestimou os valores de despesas obrigatórias, e a sobra foi realocada para emendas parlamentares, que chegaram a R$ 30 bilhões.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendia o veto total ao Orçamento, alegando que a sanção faria com que o presidente incorresse em crime de responsabilidade.

Depois de uma longa negociação, porém, Bolsonaro sancionou o texto com cortes de R$ 19,8 bilhões — parte em emendas parlamentares, parte programas federais. Outros R$ 9,3 bilhões foram apenas bloqueados, então podem ser liberados no futuro se a arrecadação federal permitir.

Mais cedo, durante evento em Feira de Santana (BA), Bolsonaro já havia prometido recompor "em breve" os valores.

(Com Reuters)