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É o 1º de maio do pior momento da moderna história brasileira, diz Ciro

Reprodução/TVT
Imagem: Reprodução/TVT

Do UOL, em São Paulo, e Colaboração para o UOL, em Brasília

01/05/2021 16h59

O ex-governador do Ceará pelo PDT, Ciro Gomes, usou o 1º de maio para alfinetar a presidência de Jair Bolsonaro (sem partido) e lançar discurso político já pensando nas eleições presidenciais em 2022. Em fala no Ato de 1º de Maio das Centrais Sindicais, ele disse que este é o "pior 1º de maio" da história devido a gravidade do novo coronavírus e irresponsabilidade do Executivo.

"Esse infelizmente é o pior 1º de maio do pior momento da moderna história brasileira. Mas, exatamente por isso, tem que ser o 1º de maio de maior compromisso de luta e de maior carga de esperança das nossas vidas. Esse é o 1º de maio do maior número de mortes de brasileiros indefesos vítimas da parceria trágica de um vírus mortal e um governo criminoso", opinou, durante evento remoto, transmitido pelo Youtube.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pediu pela saída do presidente. "Precisamos mais do que nunca tirar este país da crise. E, claro, só tem um jeito de tiramos o país dessa crise que mata as pessoas com covid e impõe a fome de volta ao Brasil, é tirando Bolsonaro de onde ele está", defendeu.

"Infelizmente temos um governo que não se preocupa com o povo, não se preocupa com emprego, com a renda das pessoas, com a sobrevivência", opinou Ciro.

Apesar de dividir evento com o ex-presidente Lula (PT), ele alfinetou os governos petistas e os culpabilizou pela eleição de Bolsonaro.

"Não podemos nos enganar, chegamos ao ponto que chegamos porque os sucessivos fracassos de modelo econômicos, modelos políticos e práticas morais nos levaram a essa tragédia odienta chamada bolsonarismo", criticou.

O ex-candidato a presidência e possível concorrente de Bolsonaro nas eleições do ano que vem aproveitou a oportunidade para levantar as pautas defendidas e fazer discurso de campanha. Em live, ele disse que é preciso fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde) e a educação, em tom de campanha política.

"É dar acesso ao ensino dando ao filho do trabalhador escolas tão boas ou melhores quanto a dos filhos dos patrões. É se aperfeiçoarmos os SUS que pode se tornar os melhores modelos do mundo", defendeu.

Brasil está sendo devastado pelo governo do ódio, diz Lula

Quem também usou um discurso de campanha eleitoral foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista criticou o governo federal e culpabilizou Bolsonaro por parte das 400 mil vítimas da covid-19 porque se "recusou a comprar vacinas que lhe foram oferecidas".

Lula apresentou dados de desemprego e de brasileiros com empregos informais e ressaltou que o Brasil "está sendo devastado pelo governo do ódio e da incompetência". "Nos últimos anos andamos para trás, a economia brasileira encolheu e é 7% menor em relação a 2014. Já tivemos nas sete maiores economias, mas hoje descemos ladeira a baixo e somos a 12ª", disse o ex-presidente.

O petista falou sobre a Operação Lava Jato e que ela fez o país perder R$ 172,2 bilhões em investimentos. Por fim, Lula disse, em um tom político, ter esperança do "Brasil dar a volta por cima". "Nós já provamos que existe outro jeito de governar", garantiu. "É possível acreditar que o país pode voltar a ser um país para todos", concluiu.