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Bolsonaro volta a enviar recado ao STF: 'Chega de sermos atropelados'

Bolsonaro falou, em evento no Palácio do Planalto, que a sua gestão à frente do governo federal "deixará saudades" - Alan Santos/Presidência da República/Divulgação
Bolsonaro falou, em evento no Palácio do Planalto, que a sua gestão à frente do governo federal 'deixará saudades' Imagem: Alan Santos/Presidência da República/Divulgação

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

12/05/2021 17h47

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o voto impresso e insinuou que o Executivo poderá não respeitar uma eventual decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) caso a Corte mantenha as urnas eletrônicas em funcionamento, em detrimento de uma possível decisão do parlamento. A declaração foi feita em evento no Palácio do Planalto para o anúncio de "ações socioambientais" pela Caixa Econômica.

"Se o parlamento brasileiro promulgar, teremos o voto impresso em 2022. Se vocês promulgarem até o início de outubro deste ano, teremos voto impresso e ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro. Chega de sermos atropelados", declarou elevando o tom de voz.

A fala ocorreu após elogios do presidente à atual composição do Congresso Nacional. Segundo Bolsonaro, com o voto "auditável e aprovado" pelo Legislativo, "não paira mais sombra de dúvidas" sobre os vencedores das eleições.

"Estamos contrariando Ulisses Guimarães que, quando alguém criticava o parlamento, dizia para esperar a futura bancada. Esse novo parlamento que está aí já é melhor do que o anterior", disse ao fazer elogios à deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.

O mandatário também chegou a reconhecer possíveis "erros" na condução do Executivo, mas afirmou que a sua gestão à frente do governo federal "deixará saudades".

"Enquanto durar o nosso mandato, vou procurar fazer o melhor para todos. Tenho certeza que no futuro, não sei se em 2022 ou 2026, (a atual gestão) vai deixar saudades, pelo perfil das pessoas que passaram por aqui", declarou.

Caixa Econômica

Ao abrir o evento, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, celebrou o último balanço financeiro do banco e enfatizou que a instituição trabalha "com as menores taxas (de juros) da história".

"Foram mais de 4.5 bilhões de lucro, o maior lucro da história para o primeiro semestre da Caixa", disse.

Também estavam presentes no evento o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni.