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Araújo e Pazuello vão falar menos por culpa de Renan, diz Marcos do Val

Senador Marcos do Val (Cidadania-ES) - Reprodução- 18.fev.2019/Facebook/MarcosdoVal
Senador Marcos do Val (Cidadania-ES) Imagem: Reprodução- 18.fev.2019/Facebook/MarcosdoVal

Colaboração para o UOL

17/05/2021 18h41

O senador Marcos do Val (Pode-ES) afirmou acreditar que o ex-chanceler Ernesto Araújo e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello falarão menos do que estavam dispostos à CPI da Covid por culpa do senador e relator Renan Calheiros (MDB-AL). Isso porque o comportamento do relator teria causado "temor nos convidados".

"A gente tem que conduzir essa CPI, daqui até o final, de forma muito equilibrada. O que aconteceu na semana anterior, onde o relator deu voz de prisão, isso causou nos convidados um temor. E os convidados estão buscando o STF para evitar esse tipo de constrangimento", disse, em entrevista à CNN Brasil.

Para o senador Marcos do Val, Renan Calheiros estaria agindo com irracionalidade e passionalidade, com falta de equilíbrio. Por isso, acredita que amanhã, durante o depoimento que começa às 9h, o ex-ministro das Relações Exteriores falará "menos do que estava disposto" e que estará "mais comedido". O general Pazuello, que depõe na quarta-feira (19), seguiria o mesmo caminho, evitando comprometer-se.

"Quanto mais confortável ficar nossos convidados, mais eles vão se sentir a vontade de falar e às vezes pode falar até um pouco a mais do que nós gostaríamos. A gente precisa ter essa prudência. Nem radicalismo de dar temor, pânico e voz de prisão, nem ficar ali como se fosse bate-papo. A CPI tem que ser racional para que a gente consiga dar resultado", afirmou.

O senador afirmou, ainda, que vai propor uma "troca de cadeiras" na CPI da Covid. Na opinião dele, uma configuração melhor seria mantendo o senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para a relatoria, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) na vice-presidência para "seguir de forma técnica", porque hoje estaria ''muito passional'.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.