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Sem citar Pazuello, Mandetta ironiza: 'Dia D, hora H. Omissão cumprida'

Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também prestou depoimento à CPI da Covid no Senado - Jefferson Rudy/Agência Senado
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também prestou depoimento à CPI da Covid no Senado Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

19/05/2021 16h30Atualizada em 19/05/2021 16h42

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta usou as redes sociais para comentar indiretamente sobre o depoimento do general Eduardo Pazuello à CPI da Covid. Mandetta afirmou que chegou o "Dia D" e a "hora H". A publicação, no entanto, não cita o nome de Pazuello, que está prestando depoimento hoje no Senado.

A omissão que Mandetta cita é uma crítica à frase que Eduardo Pazuello declarou ao ser questionado sobre os motivos da sua saída do Ministério da Saúde. O general do Exército disse que deixou o cargo por ter sua "missão cumprida".

Nos comentários da publicação, o ex-ministro da Saúde disse a um seguidor que o chamou de incompetente e que "já tem muita gente que deveria falar se escondendo em proteção judicial para ficar calado", recusando-se a calar diante dos desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Mais uma vez, de forma indireta, Mandetta citou Pazuello, que está assegurado por um habeas corpus a ficar calado diante de questionamentos que possam, eventualmente, produzir provas contra si.

CPI da Covid

Entre as testemunhas que foram ouvidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado está o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, o também ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o atual gestor da pasta Marcelo Queiroga, o ex-secretário de Comunicação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Fabio Wajngarten e o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo foi ouvido ontem pelos senadores.

Hoje é a vez do ex-ministro e Eduardo Pazuello prestar esclarecimentos sobre as ações de combate à pandemia que ocorreram durante sua gestão à frente do Ministério da Saúde. O colegiado da CPI investiga a conduta do governo federal no enfrentamento da pandemia e o repasse de verbas para estados e municípios

"Quem está aqui é um homem comum"

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello declarou na abertura da CPI da Covid, na manhã de hoje, que quem está sentado diante do colegiado é "um homem comum". Hoje, o ex-gestor do ministério responsável por conter o avanço da pandemia do coronavírus no Brasil prestará esclarecimentos sobre como a sua gestão foi conduzida.

O general apareceu para prestar depoimento como testemunha sem farda oficial e usando máscara cirúrgica. Durante o texto que leu na abertura das atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito, Eduardo Pazuello disse que, inicialmente, tinha o intuito de passar apenas 90 dias à frente do Ministério da Saúde e que pretendia voltar ao Exército em seguida.

Ao longo de toda a sessão, Pazuello terá o direito de não responder aos questionamentos que possam levá-lo a produzir provas contra si mesmo.

A gestão de Pazuello durou entre 16 de maio de 2020 e 23 de março de 2021. O ex-ministro deve ser questionado ao longo do dia principalmente em relação ao agravamento da crise sanitária no Amazonas e a falta de oxigênio para os pacientes internados.