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CPI decide na quarta sobre reconvocação de Pazuello, diz Aziz

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante 2º depoimento à CPI da Covid - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante 2º depoimento à CPI da Covid Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

22/05/2021 13h18Atualizada em 22/05/2021 13h48

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse hoje que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello será reconvocado para prestar depoimento. O assunto deve ser decidido na sessão deliberativa de quarta-feira (26).

O pedido para que Pazuello seja ouvido novamente foi apresentado ontem (21) pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Na versão do parlamentar, a primeira oitiva com o ex-ministro, na semana passada (19 e 20 de maio), foi "permeada por diversas contradições verificadas no cotejo com documentos e informações disponibilizados à CPI e publicamente divulgados".

Vieira argumenta ser necessário "esclarecer as dubiedades do depoimento de Pazuello" e diz que, para isso, "faz-se necessária uma nova convocação do ex-ministro à CPI".

Em entrevista ao programa Grupo Prerrogativas, da Rede TVT, Aziz declarou que Pazuello mentiu durante o depoimento prestado na última semana, aproveitando-se de um habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.

Apesar da afirmativa de Aziz, o requerimento ainda será analisado e votado pelo plenário da comissão. Como a oposição e os críticos do governo Jair Bolsonaro (sem partido) têm maioria, há expectativa de que o pleito seja aprovado.

"Ele estava com um habeas corpus debaixo do braço que permitia que ele falasse o que ele quisesse e que nada poderia acontecer com ele. Por isso ele está sendo reconvocado. Vai ser reconvocado quarta-feira", disse.

"A gente espera trabalhar sem a ingerência do Supremo nessa questão. Até porque, se o ministro Lewandowski assistiu, ele pensará: não posso dar um habeas corpus de novo para o cara mentir."

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.