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Sakamoto: Bolsonaro permitiu 'lambança' na compra de vacinas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - Adriano Machado/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

02/07/2021 12h54Atualizada em 02/07/2021 13h10

O colunista do UOL, Leonardo Sakamoto, declarou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) permitiu que houvesse um "lambança" no sistema de aquisição e distribuição de vacinas contra a covid-19 no Brasil. As afirmações foram feitas durante a edição do meio-dia do UOL News.

O que a gente está vendo agora é que o casamento que ele fez com o centrão ele permitiu que fosse feito uma lambaça na compra de vacinas
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto declarou ainda que a CPI da Covid tem uma "avenida larga" para investigar a relação entre a compra das vacinas e a corrupção. Na perspectiva do colunista, o enfrentamento da pandemia no Brasil foi feito com base no negacionismo, amplamente incentivado por Bolsonaro.

Ele [Bolsonaro] queria imunidade de rebanho, contaminação ampla da população e todo mundo ir para rua de novo, mas, ao mesmo tempo, tivemos essa compra de vacinas sendo alvo de práticas, ao que tudo indica, corrupção, superfaturamento, de ganhar um cascalho em cima
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, foi classificado como "pesadelo" para o país por Sakamoto. Na visão do colunista, o ex-ministro da deixou claro que era apenas "um fantoche" nas mãos do presidente.

Pazuello foi, exatamente, a pessoa que colocou em prática essa sabotagem do governo
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Bolsonaro contra voto eletrônico

Na manhã de hoje, o presidente Jair Bolsoanro (sem partido) voltou a defender o voto impresso. Ontem, o presidente havia declarado que só apresentaria provas sobre as acusações que fez a respeito da violação de votos em 2018 se ele quiser.

A leitura de Sakamoto sobre as afirmações do presidente ditas aos apoiadores na saída do Palácio da Alvorada é de que o discurso atual de Bolsonaro abre caminhos para, em caso de não conseguir a reeleição, justificar como "fraude" das urnas.

Ele tem dois objetivos, primeiro é claro que ele está querendo preparar terreno para, caso perca, culpar as urnas para dizer que foi golpe, à la Trump. Ao mesmo tempo, isso tem função de cortina de fumaça diante das acusações de corrupção levantadas pela CPI e pelo trabalho da imprensa
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

O colunista citou anda que Bolsonaro chegou a dizer que não irá entregar a faixa e que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhe, será na base da fraude.

Bolsonaro adota a estratégia de cortina de fumaça desde o golden shower do carnaval de 2019
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL