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Políticos comentam gravações sobre Bolsonaro; veja repercussão

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/07/2021 10h19Atualizada em 05/07/2021 18h25

Políticos repercutiram a reportagem do UOL que aponta envolvimento direto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), enquanto era deputado federal (entre 1991 e 2018), no esquema de entrega de salários de assessores.

Em três reportagens publicadas hoje na coluna da jornalista Juliana Dal Piva mostram gravações que revelam o que era dito no círculo íntimo e familiar do presidente.

As declarações indicam que Bolsonaro participava diretamente da rachadinha: nome popular para uma prática que configura o crime de peculato (mau uso de dinheiro público).

Integrante da CPI da Covid, o senador Humberto Costa (PT-PE) classificou a denúncia como sendo de "extrema gravidade". "As revelações feitas pela ex-cunhada de Bolsonaro sobre a participação dele no esquema das rachadinhas, trazem a público um fato de extrema gravidade e comprometem seriamente o presidente e a sua família. Os áudios provam a existência do crime de peculato", postou o petista em seu Twitter.

"Bom dia só pra quem acordou com a alegria de quem nunca fez rachadinha", expressa o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP).

"Rachadinha é desvio de dinheiro público e corrupção, como exigir do funcionário devolução de parte do salário. Prevaricação é não agir quando avisado de suspeita de superfaturamento nas vacinas, por exemplo. Bolsonaro é acusado desses dois crimes", citou o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ).

"Rachadinha nada mais é do que a extorsão de funcionários que servem de fonte de renda para o político pilantra", escreve o vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo).

"Ele sabia de tudo e mandava demitir quem não devolvia parte do salário", diz a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ)

"Sempre roubando, sempre sendo corrupto", declara o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ).

"Alguém achava que o Flávio Bolsonaro aprendeu o esquema sozinho?", indaga o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).

"A Família Bolsonaro é corrupta desde sempre, desvia verbas via rachadinha como prática política hereditária", disse a vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL).

"Pegar salário de funcionário é peculato, é crime, corrupção na veia", afirmou a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.

"Rachadinha é crime. A reconstrução do Brasil começa com o impeachment do presidente da República", pediu o candidato à presidência em 2018 João Amoêdo (Novo).

"O impeachment é o caminho para livrar o país do caos!", disse o deputado federal José Guimarães (PT-CE).

"Tudo o que acontece na família Bolsonaro passa por Jair. Quem manda é o patriarca. É assim que as máfias funcionam", expõe o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ).

"Além da compra superfaturada da Covaxin, agora Bolsonaro também foi denunciado pela prática corrupta das rachadinhas, que já envolvia o seu filho Flávio. O Brasil merece um governo honesto de verdade, não só no discurso. Ele tem que ser investigado e punido!", afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.

"Genocídio, propina na vacina e rachadinha. Há uma fartura de provas. Fora Bolsonaro. Impeachment já!", pede o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.