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Doria sobre 3ª via contra Lula e Bolsonaro: 'Não será horror x terror'

Governador de São Paulo, João Doria, anuncia pré-cadastro de voluntários para testes da ButanVac - Governo do Estado de São Paulo
Governador de São Paulo, João Doria, anuncia pré-cadastro de voluntários para testes da ButanVac Imagem: Governo do Estado de São Paulo

Colaboração para o UOL

07/07/2021 00h45

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), concedeu entrevista hoje ao programa Roberto D'Avila, na GloboNews, e comentou a possibilidade de disputa do pleito presidencial em 2022 contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o tucano, 50% da população não quer escolher entre o "horror" ou "terror".

"Não será horror x terror. Temos 50% do eleitorado que não é Bolsonaro nem Lula'', afirmou Doria. Apesar dos constantes desentendimentos que tem com Bolsonaro e as diversas críticas que já fez ao longo dos últimos anos a Lula, o governador de São Paulo disse que "não será desrespeitoso" com nenhum candidato em uma eventual disputa.

João Doria também admitiu o "erro" de ter se apoiado na campanha "BolsoDoria" durante a disputa eleitoral para governador de São Paulo em 2018. O tucano afirmou se tratar de uma campanha "anti-PT", mas que se arrepende.

"A campanha BolsoDoria foi anti-PT. Nunca desrespeitei o Fernando Haddad, um bom candidato, inclusive. Eu fui anti-Lula e anti-Fernando Haddad. Eu não anulo voto. Eu errei, assumo o erro, mas não erro duas vezes. E assumo o erro. Jair Bolsonaro prometeu um governo liberal, que combatia a corrupção, em defesa do meio ambiente. Ele fez tudo ao contrário, principalmente em um momento de pandemia. Em Bolsonaro, nunca mais", analisou.

Ao ser questionado se já teria escolhido Bolsonaro como seu principal rival em 2022, João Doria atacou o presidente.

"Bolsonaro não é meu adversário, é adversário do Brasil. Daqueles que amam a vida e amam as pessoas"

Disputa com Bolsonaro durante a pandemia

João Doria também afirmou que não politizou a pandemia de covid-19. Segundo o governador, veio do presidente Bolsonaro o teor político durante o caos sanitário que vive o Brasil, que hoje chegou a marca de 527.016 mortes por conta da doença.

"Vivemos em um país comandado por um negacionista. Ele não só politizou, como vitimizou todos que defendem a vacina, O presidente Bolsonaro nos condenou, chamou de maricas, covardes. Ao invés de comprar vacinas, comprou cloroquina. Isso gerou um conflito com todos os governadores. Não tratou de maneira séria. Jair Bolsonaro é tido como a maior pária do mundo pelos principais veículos do mundo.", criticou Doria.