Senadores batem boca após Renan falar em 'bandalheiras' na Saúde
O depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias ficou marcado por um bate-boca entre senadores governistas e da oposição depois que o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), falou em "bandalheiras" no Ministério da Saúde.
Renan ficou irritado ao ser interrompido enquanto fazia perguntas a Roberto Dias e se referia a uma carta da empresa Davati Medical Supply autorizando a negociação de vacinas da AstraZeneca com o Ministério da Saúde. Senadores governistas disseram que não havia a autorização da AstraZeneca, o que gerou reação do relator.
"Nós não estamos investigando a AstraZeneca, nem quem representava, essa comissão está investigando as negociações e bandalheiras no Ministério da Saúde", disse Renan.
O uso da palavra "bandalheira", que tem sentindo depreciativo, gerou revolta de senadores governistas, que rebateram com frases como "Bandalheiras tem lá no Consórcio Nordeste" e "concluir antes de investigar não".
Os ânimos se acalmaram por alguns minutos, mas uma nova intervenção de Renan dizendo ao depoente que e-mail e mensagens comprovariam que ele ele teria pedido propina gerou nova reação dos senadores.
"Não comprova não. Não tem e-mail, nada", disse Fernando Bezerra (MDB-PE).
Na discussão, Marcos do Val (Podemos-ES) chegou a dizer que iria se fantasiar de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para conseguir falar.
Randolfe disse que observava uma tentativa de obstrução. "Presidente, a turma veio hoje para tentar obstruir o depoimento. Não sei o que eles temem que o Sr. Roberto Ferreira Dias fale", disse.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), acalmou os ânimos e devolveu a palavra a Renan para continuidade do depoimento.
Roberto Dias foi convocado à CPI depois que policial militar Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que afirma ser representante da empresa de produtos hospitalares americana Davati Medical Supply no Brasil, acusou Dias de pedir propina de US$ 1 por dose em uma suposta negociação para a aquisição de 400 milhões de unidades da vacina Oxford/AstraZeneca.
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